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Pensando naquilo: Trump e oposição estão de olho em eleição

Muito do discurso no Congresso pareceu o lançamento de Trump 2020; democratas continuam apostando na guinada à esquerda

Por Vilma Gryzinski 31 jan 2018, 20h09

Religião, família, pátria, armas, empregos, Guantánamo e a palavra América ou americanos usada mais de 80 vezes. Que cardápio poderia ser melhor para os trumpistas de raiz?

Aos que não o são, a mão estendida metaforicamente por Donald Trump teve dois significados.

O primeiro: ele precisa correr para aprovar projetos importantes na Câmara antes da eleição de novembro, quando todas as previsões indicam a perda da maioria republicana.

O segundo: é candidatíssimo à reeleição em 2020.

As caras emburradas, as roupas pretas, os trejeitos de Nancy Pelosi, a líder da oposição, e até algumas vaias significam que os democratas vão enrolar tudo o que for possível, esperando a virada em novembro.

E que apostam na questão da imigração como o tema mais importante para cavar as trincheiras contra Trump.

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É uma posição arriscada. A maioria dos americanos quer uma solução que permita especificamente que os imigrantes irregulares que chegaram ao país quando crianças continuem nos Estados Unidos. São 1,8 milhão de pessoas.

A pesquisa mais detalhada sobre o assunto mostra que 58% são a favor de que consigam a cidadania e 18% que se tornem residentes legais, num sólido total de 76%.

Mas é muito menor o apoio à política de loteria de vistos para cidadãos de países com menos presença nos Estados Unidos e de imigração em cadeia – um estrangeiro com cidadania americana pode trazer, além de cônjuge e filhos, pais, sogros, irmãos, cunhados, sobrinhos.

Foram exatamente os dois pontos – além do muro, claro – que Trump propôs eliminar para fazer um acordo.

Parecer disposto a negociar é, evidentemente, positivo para Trump. E deixar que os democratas se joguem cada vez mais na defesa de estrangeiros em situação irregular também pode fazer parte da estratégia napoleônica de nunca interromper o inimigo quando ele está cometendo um erro.

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Será que Trump tem paciência e disciplina para seguir estratégias? Os tuítes e as declarações caprichosas ou desatinadas provam que não. A persistência em seguir um programa de crescimento econômico – exatamente como prometeu, imaginem só – indicam que sim.

Além de paciência, Trump, como os generais de Napoleão, precisa de sorte para interromper uma tendência histórica: o partido de oposição costumar ganhar as eleições legislativas de meio de mandato.

“Levamos uma sova”, disse Barack Obama quando isso aconteceu com ele. Com a diferença de que o ex-presidente tinha índices muito mais altos de aprovação. E, apesar da fama, uma mulher menos brava do que Melania Trump.

O ambiente doméstico não parece muito tranquilo para Trump desde que correu a história de seu caso, num passado ainda desconfortável, com uma atriz pornô. Até roupa de sufragista ela usou no discurso do marido no Congresso, segundo os arrebatados intérpretes de seu terninho cor de marfim.

Isso, naturalmente, se as históricas militantes do voto feminino usassem Dior.

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