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Sjon traz mitologia e literatura fantástica à Flip 2017

Autor islandês, conhecido por parcerias com a cantora Björk, participou de mesa ao lado do brasileiro Alberto Mussa

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2017, 09h55 - Publicado em 29 jul 2017, 19h48

Em uma Flip marcada por temas, por assim dizer, pé no chão, com discussões voltadas para o racismo e discursos periféricos, a mesa denominada “Mar de Histórias”, na tarde deste sábado, foi um ponto fora da curva. O diálogo foi promovido pelos autores Alberto Mussa, carioca que mescla tramas mitológicas brasileiras, de origem indígena até inspirações africanas, e Sjon, islandês que lança mão do mesmo tipo de narrativa, a partir do ponto de vista nórdico.

Sjon, conhecido por ser letrista da cantora Björk e indicado ao Oscar pela composição da trilha do filme Dançando no Escuro (2000), lança agora no Brasil o romance Pela Boca da Baleia (Tusquets Editores, 208 páginas, 39,90 reais). Assim como Mussa, ele afirmou ser um fã do argentino Jorge Luis Borges e seu realismo mágico. “Borges visitou a Islândia três vezes. Ele prestou homenagem à literatura germânica em sua escrita”, diz o autor. “Ele nos deu coragem para crer no valor eterno de narrativas aparentemente simples e tratadas como menores.”

Além do mergulho em antigos mitos, contados com novas roupagens, os dois autores têm em comum o apreço pela ambientação de época. “Eu preciso da distância histórica. Assim, minha imaginação flui melhor”, diz Mussa.

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No romance de Sjon, o protagonista é um homem multifacetado com aspirações religiosas e científicas distintas que encara a frieza e o descaso da sociedade do século XVII. Sobre o processo criativo, o escritor diz que coleta dados sobre tópicos que o interessam, para, a partir daí, construir a narrativa.

“Ouvi falar desse homem, um dos primeiro cientistas naturalistas do mundo. Era poeta, médico, alquimista. Passei a pesquisar aquela época e me deparei com um ensaio científico feito para comprovar que unicórnios não existem. Que momento histórico interessante! Um mundo diferente, com lógicas diferentes, em que unicórnios são tidos como reais. Então, para entrar nesse mundo usei o ponto de vista de alguém que vivia e acreditava nesse universo”, conta. “Não sou eu que uso os mitos, são eles que me usam, para que continuem sendo contados.”

Mussa completa: “Mitologia é literatura. Todos os grandes temas da humanidade são tratados por mitos há milênios. Amor, vingança, moral, sexualidade, são todos conflitos básicos da literatura e a base da humanidade”.

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