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“Filme ‘Jogos Vorazes’ fez meus livros ficarem famosos”, diz James Dashner, da saga ‘Maze Runner’

Raquel Carneiro O americano James Dashner se diz um cara de sorte. Formado em contabilidade, ele abandonou o emprego na área financeira para se tornar um escritor. A decisão deu certo. Hoje, com catorze livros infantojuvenis escritos, divididos em cinco séries, Dashner viu seu melhor resultado com a saga distópica The Maze Runner – Correr ou […]

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 03h49 - Publicado em 19 Maio 2014, 18h04

DASHNER

Raquel Carneiro

O americano James Dashner se diz um cara de sorte. Formado em contabilidade, ele abandonou o emprego na área financeira para se tornar um escritor. A decisão deu certo. Hoje, com catorze livros infantojuvenis escritos, divididos em cinco séries, Dashner viu seu melhor resultado com a saga distópica The Maze Runner – Correr ou Morrer, adaptada para os cinemas pelo diretor estreante Wes Ball e prevista para estrear em setembro no Brasil.

Na trilogia, que já vendeu 75.000 exemplares no Brasil, Thomas, um garoto de aproximadamente 16 anos, desperta em um local estranho, chamado Clareira, e sem nenhuma lembrança do passado. Lá ele passa a conviver enclausurado com outros meninos da sua idade. O local é cercado por um labirinto, o qual ninguém nunca conseguiu desvendar e fugir.

Com ares de O Senhor das Moscas, de William Golding, o livro lançado nos Estados Unidos em 2009 pegou a onda das distopias levantada por Jogos Vorazes. Agora, o autor volta a escrever sobre um futuro sombrio em O Jogo Infinito, primeiro livro da trilogia A Doutrina da Morte, lançado no Brasil na última semana pela editora V&R, e já best-seller no The New York Times.

Em entrevista ao site de VEJA, Dashner fala sobre suas inspirações, a estreia no cinema e como, sem pudores, pegou carona na fama de Jogos Vorazes.

BOX_MAZE_01O senhor já viu algo do filme The Maze Runner – Correr ou Morrer? Esteve envolvido com o processo de produção? Sim, eu vi uma boa parte e achei o resultado muito bom. Antes de o roteiro estar pronto, os produtores da Fox me ligaram dizendo que gostariam que eu trabalhasse junto com a produção. Revisei o roteiro e me mantive em contato com o diretor. Visitei o set algumas vezes, conheci o elenco e realmente me senti parte do processo. Os produtores costumavam me ligar e perguntar: “se eu mudar esse pedaço da história, os fãs ficarão bravos?” (risos). Para mim é muito importante que os fãs dos livros gostem do filme e tive sorte de ter uma equipe que se importou com a obra original na hora da adaptação.

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Como é ver seu livro se tornar um filme? É difícil de explicar. Sou um grande fã de filmes, o cinema é minha paixão, e ver meus livros serem adaptados é algo indescritível. Essa é de longe a coisa mais importante que já aconteceu na minha carreira.

Maze Runner lembra um pouco a história de O Senhor das Moscas. Além de Golding, quais foram inspirações da saga? Quando li O Senhor das Moscas, ainda no colégio, fiquei impressionado e foi tão marcante que serviu sim como inspiração para essa série. O programa de TV Lost também foi parte da inspiração. Eu estava escrevendo estes livros enquanto assistia ao seriado. O livro Ender’s Game – O Jogo do Exterminador, que também virou filme no ano passado, foi outro que me deu algumas ideias. Existem outras coisas que provavelmente me influenciaram, mas nem saberia dizer. O livro é uma junção de várias ideias.

Como você compara a Maze Runner com a nova saga, A Doutrina da Morte? Quis escrever algo diferente, mas que não afastasse os fãs. Dessa vez, a história também se passa no futuro, mas é um futuro mais estável. A tecnologia é muito avançada. Jogos, realidade virtual e inteligência artificial são altamente usados. Optei então por um suspense psicológico. Então as sagas são histórias diferentes, mas podem atingir os mesmos leitores.

Qual sua opinião sobre o uso das tecnologias por jovens hoje em dia e o excesso de exposição? Sou um viciado em tecnologia, acho que tem muita coisa boa. Ela coloca as pessoas em contato, diminui distâncias, ajuda na educação. Porém, ela também pode ser perigosa, dependendo da maneira que é usada. Por isso escrevi este livro, acho interessante imaginar histórias sobre coisas que podem dar errado conforme ficam mais avançadas.

Maze Runner é uma série de distopia. O que acha dessa fase em que livros nesse estilo estão em alta, como Jogos Vorazes e Divergente? Me sinto honrado de ser parte disso. Essa literatura deu um novo ar para os jovens. Não é fantasia, não tem vampiros, lobos, e também não é uma ficção científica pesada. São histórias com camadas de mistério, que causam um pouco de medo sobre o que pode acontecer no futuro. Vemos no mundo governos totalitários, pobreza e lugares que parecem já terem passado por um apocalipse. Acho que adolescentes se sentem atrelados a isso. É suspense, mas também é entretenimento. Fico feliz que meu livro tenha saído no tempo certo para ser parte disso.

O Jogo InfinitoTem algum favorito nessa nova geração de distopias? Gosto muito de Jogos Vorazes. A história tem profundidade e personagens bem desenvolvidos. Eu escrevi o primeiro livro de Maze Runner em 2005, mas ele só foi publicado em 2009, logo depois de Jogos Vorazes. Tive sorte, porque peguei a onda dessa fase. Me beneficiei da vendagem de distopias lançadas naquele momento. Vi muita gente falando que quem gostasse de Jogos deveria ler meus livros. Então Jogos Vorazes fez meus livros ficarem famosos.

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O senhor gosta de escrever sobre futuros sombrios. É um pessimista? Sou fissurado pelo futuro. Quando me perguntam sobre viagem no tempo, se eu voltaria no passado para concertar algo ou iria para o futuro, eu respondo que com certeza iria para o futuro. Tenho muita curiosidade em saber como o mundo estará daqui a cem ou duzentos anos. E, apesar de escrever sobre futuros sombrios, sou um otimista. Minha esperança é que possamos evoluir e melhorar. Porém, acho que é mais divertido ler histórias de futuros obscuros e assustadores (risos). Também acho que essa literatura serve como um aviso e uma reflexão, para que possamos prevenir de um dia acontecer.

A literatura infantojuvenil está em alta. No Brasil, a lista de mais vendidos está repleta de distopias e de livros do John Green, por exemplo. O senhor gosta de ler outros autores desse nicho? Sou um grande fã do John Green. Aliás, os produtores de Maze Runner são os mesmos do filme A Culpa É das Estrelas. Vou confessar que chorei quando li este livro e essa informação vai destruir minha fama de durão (risos). Sou do tipo que lê de tudo, desde fantasia até biografias. Meu escritor favorito é o Stephen King, o que explica porque minha cabeça é tão estranha.

Sua nova trilogia também será adaptada para o cinema? Tem alguns estúdios interessados, mas não fechei nada. A fama de Maze Runner ficou tão grande que não queremos que A Doutrina da Morte se perca no meio disso tudo. Talvez daqui a uns dois ou três anos eu comece a pensar em levar estes novos livros para o cinema.

O que pode nos adiantar sobre o segundo livro da nova série? The Rule of Thoughts já está escrito e será lançado nos Estados Unidos em agosto. Deve chegar ao Brasil no ano que vem. Não dá pra falar muita coisa sem estragar as surpresas, mas posso dizer que ele começa no dia seguinte do fim do primeiro livro e começa a vasculhar as explicações de tudo que aconteceu na trama anterior. E, enquanto o primeiro se passa muito mais no mundo virtual, a sequência se passa mais no mundo real. O terceiro livro ainda estou escrevendo, mas já tenho a história como um todo planejada e estruturada.

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