Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Quando o abuso nasce no estado: a Lei de Segurança Nacional

Aprovada em 1983, ainda na ditadura, legislação carrega herança autoritária que não encontra correspondência nos valores inscritos na Constituição de 1988

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 mar 2021, 09h23

A jovem democracia brasileira tem passado por provações nos últimos anos. Quando o próprio presidente do país diz que, se dependesse dele, este “não seria o regime que nós estaríamos vivendo”, os questionamentos constitucionais passam a ser cada vez mais corriqueiros. Mas como proteger o país através de iniciativas práticas? Seria necessária, por exemplo, uma revisão da Lei de Segurança Nacional, tornando-a mais atualizada, para conter os interesses dos que desejam voltar com o totalitarismo.

Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, a lei, sancionada em 1983 pelo então presidente João Figueiredo para definir crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social, precisa ser reformada.

“A Lei de Segurança Nacional precisa ser superada, substituída por uma legislação que tenha o sentido de defesa do Estado Democrático de Direito e das instituições da República. É um primeiro passo, uma forma de começar a superar uma herança autoritária, que não encontra correspondência nos valores inscritos na Constituição de 1988”, destacou.

Felipe Santa Cruz tem usado a OAB como instrumento de análise para uma nova Lei de Segurança Nacional, com a abertura da discussão dentro da Comissão de Estudos Constitucionais da instituição.

Continua após a publicidade

“Para apresentar uma proposta concreta de encaminhamento de medidas a serem tomadas pela Ordem, estou criando uma Coordenação de Acompanhamento da Reformulação da Lei de Segurança Nacional, vinculada à Comissão de Estudos Constitucionais da OAB, que será composta pela ex-ministra Grace Mendonça, Daniela Teixeira, conselheira federal pelo Distrito Federal, e os juristas Sílvio de Almeida e Lênio Streck”, explicou.

Santa Cruz é filho do estudante de Direito Fernando Augusto de Santa Cruz, preso e assassinado por militares em 1974, durante a ditadura militar – regime que mais tarde aprovou a Lei de Segurança Nacional, que ainda está em vigor. Em 1974, contudo, outra Lei de Segurança Nacional, mais rígida e com o foco no chamado “inimigo interno”, fruto de um pensamento da Guerra Fria, vigorava e levava ao arrepio inúmeros cidadãos brasileiros.

Foram três as leis de Segurança Nacional em vigor no regime. Essa versão da abertura, aprovada em 1983, é mais leve, mas ainda assim inaceitável para o regime democrático.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.