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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Impeachment já?

A palavra já passou a frequentar o cenário de vários partidos de centro, que avaliarão suas reações nos próximos dias

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 set 2021, 08h30

As manifestações pró-governo foram grandes, mas menores do que o presidente Jair Bolsonaro havia dito que seriam para diversos interlocutores. Ele esperava mais, principalmente em Brasilia, já que se dedicou muito, nas últimas semanas, a mobilizar seus seguidores mais fiéis para estarem na rua. O 7 de setembro mostrou que ele, apesar de tanta gente na rua, está mais isolado politicamente do que nunca.

Alguns fatos terão repercussão nos próximos dias. O primeiro e mais importante é: o que as lideranças partidárias e principalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira, farão em relação aos desdobramentos da fala claramente golpista do presidente. O PSDB passou a falar em impeachment, o MDB também, enquanto o PSD formou um grupo para discutir o assunto. O Senado suspendeu sessões remotas e comissões. O Supremo Tribunal Federal vai se pronunciar nesta quarta-feira, 8, pela voz do seu presidente.

Houve fatos que foram notados com preocupação. Bolsonaro levou o general Walter Braga Netto para o palanque em Brasília e ele, como ministro da Defesa, não poderia ir. Braga Netto está tentando puxar a tropa para um abismo, o buraco gigante criado pelo presidente da República.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que estava tentando se desvencilhar da imagem do golpista, cometeu o erro de ir para o palanque também. Logo agora, que Bolsonaro aparece cada vez mais próximo de ser ex-presidente. Se a Justiça não torná-lo inelegível, ou se o Congresso não aprovar o impeachment, ele sairá de qualquer forma: pelo voto.

Indefensável também é a presença do ministro Bento Albuquerque, no palanque de São Paulo. Ele tem uma crise hídrica para superar, mas prefere estar num ato político em que o presidente defendeu um apagão constitucional.

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O resumo final do Dia da Independência é o de muita gente na rua, mas felizmente com poucos conflitos. Havia policiais militares, mas não de forma ostensiva. Entretanto, temos um presidente que aumentou ainda mais o tom da radicalização.

Em seus discursos, Bolsonaro afirmou que descumprirá as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, atacou o sistema eleitoral brasileiro, outros integrantes do STF, e governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate à pandemia.

Ora, está claro que essa lista de autoridades é que é normal frente a um caótico político que nos preside. Bolsonaro já atravessou a linha que limita o crime de responsabilidade algumas vezes, mas afirmar que não cumprirá uma ordem judicial de um ministro do STF é o momento em que país deve parar e se perguntar: até quando? Até onde ele vai?

Será mesmo que o país deve ficar 13 meses esperando uma eleição para afastar um presidente sob o argumento de que ele foi eleito, e porque já teve muito impeachment no Brasil?

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