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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Discurso de posse de Biden merece Nobel da Paz

Novo presidente dos EUA defende unidade e empatia mesmo entre os (muito) diferentes para reconstruir o futuro 

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jan 2021, 16h12 - Publicado em 21 jan 2021, 16h11

Um presidente como líder maior de uma nação deve indicar o caminho. Seu olhar atento, sofrido, suas reminiscências históricas, as lembranças de tempos de grande divisão, como a Guerra de Secessão, indicam que por 400 anos as diferenças marcaram a certeza da união em torno de um país indivisível.

A chegada de Donald Trump ao poder colocou em xeque esse sentimento de unidade, de uma só nação, que foi sempre tão presente nos Estados Unidos. Assim como no Brasil, a polarização ganhou amplo terreno, sendo protagonista em uma guerra ideológica. Azuis contra vermelhos. Brancos contra negros. Ricos contra pobres. Rurais contra urbanos. Diferenças ainda mais instigadas por quem deveria colocar panos quentes e pedir trégua. O ápice foi a invasão do Capitólio, concluindo vergonhosamente a trajetória de Trump no poder.

Biden pede justamente o contrário: unidade. Baixar o tom, se colocar no lugar do outro, tratar as pessoas cordialmente, como se fossem vizinhos, e não adversários. Essa superação das diferenças, o discurso manso que afasta o ódio, o repúdio às falsas verdades que inflamaram por quatro anos uma nação inteira demonstram a firme proposição da política de unicidade e restauração invocada pelo 46º Presidente dos Estados Unidos. Biden lembrou e provou a todos que a política não pode se alimentar de um fogo que destrói tudo pelo caminho.

“Devemos acabar com esta guerra incivil que opõe o vermelho ao azul, rural versus urbano, conservador versus liberal. Podemos fazer isso se abrirmos nossa alma em vez de endurecer nosso coração, se mostrarmos um pouco de tolerância e humildade e se estivermos dispostos a nos colocar no lugar do outro, como diria minha mãe. Por um momento, coloque-se no lugar deles. Porque esta é a coisa sobre a vida. Não há como explicar o que o destino vai negociar com você. Alguns dias você precisa de uma mão. Há outros dias em que somos chamados para dar uma mão. É assim que tem que ser, é o que fazemos uns pelos outros. E se formos assim, nosso país será mais forte, mais próspero, mais pronto para o futuro. E ainda podemos discordar”.

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O discurso de Biden é como música para os ouvidos de um mundo abalado pela pandemia e suas graves consequências. Não foi um alento apenas para os americanos. Serviu para mostrar a todos, principalmente a nós, brasileiros, que existe o caminho da paz, da harmonia, do equilíbrio, da reconstrução. É como se fosse uma mão amiga estendida em dias sombrios. Aquele apoio que você precisa quando tudo parece perdido. Somente por este discurso em momento de profunda angústia por famílias enlutadas e uma nação dividida, já seria motivo para Joseph Biden ser candidato ao Prêmio Nobel da Paz.

Além da evidência de que pretende implantar uma política agregadora, não é demais lembrar a sua vasta experiência como negociador por quase quatro décadas de mandatos ininterruptos no Legislativo Federal e sua experiência como administrador – comprovada pelos oito anos de administração do presidente Obama, quando serviu como vice-presidente. Tudo isso faz de Joseph Biden o homem certo na hora certa.

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