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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Desafio é manter a esquerda unida, defende líder do PT na Câmara

 Deputado Enio Verri lembra que o bloco de oposição em 2020 conduziu debates e apoiou votações de pautas na pandemia e quer que isso se mantenha 

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 fev 2021, 09h41 - Publicado em 8 fev 2021, 09h36

O líder do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), acredita que o maior desafio da sigla nos próximos dois anos, com a Casa sendo presidida por um aliado do presidente Jair Bolsonaro, é manter a esquerda unida. Em conversa com a coluna, o parlamentar destacou que essa união funcionou bem em 2020 para a aprovação de pautas importantes e que isso precisa ser mantido no próximo biênio, tendo em vista os grandes desafios na agenda econômica e social do país.

“Estes dois anos nós vamos ter na presidência da Câmara o presidente da Câmara ligado com o Bolsonaro. Vamos ter [com ele] diferença também em outras pautas, como de costumes e outras pautas que Bolsonaro já assinalou no conteúdo do seu discurso que vai querer levar para o debate na Câmara. Isso vai intensificar e exigir ainda mais o nosso papel de oposição. Então eu diria que como tarefa a bancada do PT terá de esforçar-se muito para manter a oposição unida, isso é muito importante” destacou. 

Na avaliação do parlamentar, em 2020, os seis partidos de oposição (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede) trabalharam bastante juntos, contribuindo com um bom debate. Por isso, manter essa união da esquerda é tão importante para garantir o respeito à Constituição e à democracia, na visão do líder.

Além disso, o PT também pretende lutar por pautas como a manutenção do auxílio emergencial, a geração de empregos e a vacinação ampliada contra a Covid-19. Essa seria a lista de prioridades da sigla, que reúne o maior número de parlamentares na Câmara, com 54 ao todo.

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“Uma pauta fundamental, além da pauta democrática, de respeito à Constituição e respeito à República, é o auxílio emergencial. Urgentemente tem que ser votado. A campanha da ‘Vacina para Todos’, que aí também não pode ser muito enrolada. Nós temos que urgentemente  também colocar isso como pauta. E nós temos outras pautas que tratam da vida da população. A geração de empregos. Nós estamos, ao invés de estarmos saindo de uma crise, a crise está sendo aprofundada”, pontuou o líder, fazendo uma referência à previsão de queda do PIB em 5%.

A sobrevida das pequenas empresas e da agricultura familiar também foi citada por Enio Verri, assim como a Reforma Tributária.

“A Reforma Tributária é uma pauta que eu acho que entrará num debate muito em breve e ela muito pautada na questão de tributar as grandes fortunas, tributar patrimônio e a renda, escalonar uma tabela do imposto de renda onde você possa inventar que ganha aí até 5 salários mínimos para, com isso, você incentivar um consumo e incentivar a recuperação da economia”.

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Apesar de pautas em comum com interesses do governo, o PT garante que se manterá firme na oposição. “Isso não há o que discutir. É uma questão dada para nós, somos oposição ao Bolsonaro, continuamos a defender o impeachment do Bolsonaro, achamos que o que ele está fazendo e as suas práticas políticas, econômicas e sociais aumentam o anseio da população pelo impeachment. A pesquisa dava 43% da população querendo o impeachment. A persistir o aumento da fome e da miséria, isso vai aumentar. Então a oposição radical a Bolsonaro continuará intensa e tende a ser ampliada”, ressaltou.

Enio Verri fez ainda uma crítica à competência de Bolsonaro e sua equipe para conduzirem os temas mais relevantes do país, lembrando o protagonismo que o Congresso assumiu diante dos grandes desafios trazidos pela pandemia. Por isso, acredita que a Câmara e o Senado continuarão a assumir esse papel de guiar os principais projetos de interesse social e econômico do país.

“Quando você tem um poder Executivo que é muito fraco, o poder Legislativo é levado a cumprir um papel que caberia ao poder Executivo. Se você pegar o ano de 2020, foi o que aconteceu. As principais leis e as principais políticas de resistência à Covid, à crise social, saíram do Congresso Nacional. Não saíram do poder Executivo. Então, eu entendo que este ano, mesmo com toda disputa, voto, toda disputa que é comum no plenário do Congresso, o Congresso, de novo, deve ter o principal papel juntamente à crise do país porque não creio que Bolsonaro e sua equipe tenham competência para isso”, criticou.   

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