Suspeita de fraude em prévia ‘não tem base fática e jurídica’, diz PSDB-SP
Diretório apresentou esclarecimentos à Executiva Nacional do partido sobre suspeitas levantadas por aliados do governador Eduardo Leite (RS)
O diretório do PSDB em São Paulo apresentou à Executiva Nacional do partido nesta terça-feira, 26, esclarecimentos a respeito das acusações de que teria cometido fraudes na filiação de prefeitos e vice-prefeitos com vistas às prévias que definirão o candidato do partido à Presidência da República. As suspeitas foram lançadas em uma representação assinada pelos diretórios de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará e Bahia, que apoiam o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, contra o governador paulista, João Doria.
A acusação mira nomes de 51 prefeitos e 41 vices de municípios paulistas, cujas filiações teriam sido incluídas nos sistemas do partido e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com datas retroativas. O documento sustenta que a suposta fraude foi cometida para permitir que eles possam votar nas prévias, já que a data limite determinada para que filiados ao partido possam votar nas prévias é de 31 de maio. Prefeitos e vice-prefeitos compõem um dos quatro grupos de eleitores, com peso de 25%.
Segundo as alegações apresentadas ao PSDB nacional pelo diretório paulista, cujo presidente é o secretário de Desenvolvimento Regional do governo Doria, Marco Vinholi, as acusações “não têm base fática e jurídica” e “o eleitorado de São Paulo está legal e legitimamente constituído”. O documento afirma que não há ilegalidade em eventuais “descasamentos” entre as datas das filiações e as datas de eventos comemorativos delas, ponto central da argumentação dos aliados de Leite.
“O PSDB-SP apresentou, perante a executiva nacional, todas as comprovações da regularidade das filiações e aguarda serenamente que os questionamentos contrários sejam rechaçados, a fim de que a disputa interna volte ao seu trilho de origem, que é escolher o melhor candidato do partido para o Brasil”, diz o diretório paulista.
Ainda de acordo com o PSDB de São Paulo, as filiações foram feitas “dentro do estatuto do PSDB” e não houve impugnações a elas, que foram deferidas. Assim, não haveria mais prazo para impugnações. “Nesse sentido, não cabe à Comissão Executiva Nacional sequer analisar filiações que se processaram, regularmente, no Estado de São Paulo”.