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O dia em que Cunha e Joesley se conheceram… e quase brigaram

Ex-deputado e empresário quase trocaram agressões físicas diante do ministro da Agricultura por propina

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2017, 16h03 - Publicado em 22 Maio 2017, 15h54

Na célebre gravação de uma conversa com Michel Temer no Palácio do Jaburu, o empresário Joesley Batista informou o presidente que está “de bem” com o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, e ouviu do peemedebista que “tem que manter isso, viu?”. A relação entre o delator e o ex-deputado, movida a dinheiro sujo e interesses nada republicanos, contudo, não foi amor à primeira vista. Pelo contrário.

No final de 2013, relata Joesley em sua delação, na reunião em que conheceu o então deputado Eduardo Cunha, os dois quase trocaram sopapos exatamente pelo motivo que os uniu fraternalmente nos anos seguintes: propina.

O entrevero se deu porque Cunha e o operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro haviam conseguido a indicação de Rodrigo Figueiredo como Secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, setor estratégico ao empresário, e passaram a cobrar propina em troca de facilidades na área.

Uma das primeiras demandas de Joesley à dupla, a de federalizar o sistema de inspeção animal no Brasil, no entanto, era tida como de “impossível” execução. Cunha, então, passou a reclamar que, com tarefas tão difíceis, não conseguiria providenciá-las e, assim, não teria as vantagens indevidas prometidas.

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Foi quando o então ministro da Agricultura, Antonio Andrade (PMDB-MG), reuniu-se com Joesley Batista em seu gabinete e também convidou Cunha para o encontro. Segundo o delator, o então deputado o abordou rispidamente, dizendo que a demanda era “inviável”. O empresário também reagiu exaltado, levantou-se, e coube ao ministro evitar o fim precoce da relação que hoje sacode a República.

“O Toninho foi e falou ‘não, pera aí, vocês não vai [sic] brigar aqui no meu gabinete não’”, contou o delator, que, com os ânimos mais calmos, chamou Cunha a seu escritório para conversar.

De acordo com Joesley, as tratativas com Eduardo Cunha nesta ocasião renderam a ele e Funaro 7 milhões de reais em propina.

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