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Em meio à crise política, bolsonarismo fará ato de rua pró-voto impresso

Com dificuldade para passar projeto no Congresso, apoiadores do presidente preparam manifestação para agosto; tema abriu crise com ministros do STF e do TSE

Por Camila Nascimento 14 jul 2021, 13h45

Em meio a uma crise política envolvendo o governo Jair Bolsonaro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agravada pela insistência com que o presidente da República questiona o processo eleitoral brasileiro, bolsonaristas estão planejando ir às ruas no dia 1º de agosto para defender a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que instaura o voto impresso nas eleições.

A pauta, apresentada no Congresso pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), é muito cara ao presidente Jair Bolsonaro e aos seus apoiadores, mas encontra dificuldades para ser aprovada na Comissão Especial da Câmara que analisa o tema.

Nas redes sociais, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), uma das entusiastas da volta do voto impresso, divulgou a convocação do ato por meio de um vídeo com o relator da proposta na comissão, Filipe Barros (PSL-PR).

Barros vem enfrentando dificuldade para aprovar o seu relatório favorável à medida, o que antes parecia certo, já que a comissão tem maioria governista. O jogo, porém, virou depois que líderes de onze partidos, inclusive da base de Bolsonaro, como Republicanos, PL, PP e PSL (ex-partido do presidente que abriga boa parte de sua base ideológica) passaram a se posicionar contra o tema e a trocar os seus representantes no colegiado. Os líderes também se reuniram, quatro dias depois, com Alexandre de Moraes, ministro do STF e futuro presidente do TSE nas eleições de 2022.

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Um pedido de retirada de pauta por pouco não conseguiu acabar de vez com a PEC. A votação acabou empatada em 15 a 15, mas o relator decidiu pela manutenção da tramitação. Depois de tentar votar o seu relatório duas vezes sem sucesso, ele deve fazer nova tentativa nesta quinta-feira, 15.

Bia Kicis, que além de autora da PEC é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), criticou o STF por participar da discussão. “Estamos sofrendo campanha e ataque do Judiciário, que está interferindo na missão do Parlamento”, disse.

Bolsonaro também tem atacado os ministros da Corte ao falar sobre o tema, quase que diariamente. O presidente afirma que há uma articulação dos ministros do STF para não implantar o voto impresso, o que permitiria a ocorrência de fraudes em 2022 com o objetivo de eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – mesmo cobrado pelo TSE, ele nunca apresentou qualquer prova de que o sistema atual seja falho.

Na sexta-feira, 9, os seus ataques ao STF subiram de tom quando ele chamou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de “imbecil” e “idiota” e disse que as eleições de 2022 poderiam não acontecer se o voto impresso não for aprovado. Os ministros do STF conversaram e decidiram dar uma resposta enfática ao presidente, o que veio por meio de uma nota de Barroso na qual ele afirma que qualquer atuação contra a realização de eleição “configura crime de responsabilidade”.

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