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Por José Benedito da Silva
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Eduardo Leite liderou a reação de governadores contra Bolsonaro

Político gaúcho coordenou carta assinada por colegas em que são rebatidas as informações divulgadas pelo presidente sobre os repasses federais aos estados

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 mar 2021, 20h52

Neste domingo, dia 28, com o objetivo de se defender de críticas na gestão da pandemia, Jair Bolsonaro publicou um post com valores remetidos aos estados pelo governo federal em 2020. Na visão do presidente, o Palácio do Planalto municiou financeiramente os estados, que falharam em aplicar esse dinheiro de forma correta e eficiente. O problema é que os valores publicados por Bolsonaro incluíam repasses obrigatórios previstos na Constituição que independem da decisão dele. Todos os governadores ficaram indignados com o post que tentava tirar a responsabilidade do presidente pelo caos no sistema de saúde enfrentado atualmente pelo país. Mas partiu do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a iniciativa de escrever uma carta em resposta ao presidente, que foi divulgada nesta segunda-feira, dia 1. À certa altura, a nota diz o seguinte: “Adotando o padrão de comportamento do Presidente da República, caberia aos Estados esclarecer à população que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos Estados, em 2020, somou 1,479 trilhão de reais. Se os valores totais, conforme postado hoje, somam 837,4 bilhões de reais, pergunta-se: onde foram parar os outros 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada Estado brasileiro pagaram à União em 2020?”.

Segundo a equipe de alguns governadores da região nordeste, foi Leite quem coordenou a redação da nota que seria ratificada por outros 18 governadores, incluindo alguns aliados do presidente que não costumam confrontá-lo publicamente, como o de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

O texto diz que a gestão Bolsonaro usa “instrumentos de comunicação oficial, custeados pelo dinheiro público”, para produzir “informação distorcida e gerar interpretações equivocadas”. “O governo federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”, diz a nota.

Questionado por VEJA sobre qual foi o seu papel na confecção do texto, Leite declarou que “é menos sobre quem liderou a discussão e a nota, e mais sobre a adesão dos governadores ao que foi escrito”.

Interlocutores diretos de alguns chefes de estado dizem que se a nota tivesse sido redigida pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que até aqui tem se destacado como o principal antagonista a Bolsonaro, a anuência entre os governadores seria menor. Doria e Leite são cotados como possíveis candidatos à presidência pelo PSDB em 2022.

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O governador gaúcho, que costuma ser mais conhecido pela conciliação, decidiu subir o tom contra Bolsonaro nesta segunda-feira. Em coletiva, disse que o presidente quer causar “confusão” e patrocina uma “mentira oficial” para se esquivar das responsabilidades “num quadro dramático do nosso país”. “Infelizmente, o presidente insiste na divisão. Quando temos um inimigo comum no qual poderia ter sido usado como fator de união nacional, ele preferiu aprofundar a cizânia e dificultou a situação, gerando sem dúvida nenhuma mortes que seriam evitadas”, declarou Leite.

 

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