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Por José Benedito da Silva
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COP26: governadores ofuscam União com ideias ousadas e prazos mais curtos

No encontro em Glasgow, treze estados apresentam planos que incluem financiamento para a Amazônia mudanças na matriz energética e fomento à economia verde

Por Caíque Alencar Atualizado em 3 nov 2021, 15h20 - Publicado em 2 nov 2021, 16h19

Com presença de destaque na COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que está acontecendo em Glasgow (Escócia), sobretudo pelo comparecimento tímido de autoridades federais ao evento — o presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, não foi –, os governadores estaduais aproveitaram a oportunidade para apresentar metas mais ousadas na preservação do meio ambiente em relação às promessas feitas pelo governo nacional.

Treze dos 27 governadores do país participam do encontro, entre eles João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Romeu Zema (Minas Gerais), Hélder Barbalho (Pará), Camilo Santana (Ceará) e Paulo Câmara (Pernambuco).

Uma das propostas mais ousadas vem do governo do Pará, um dos estados que compõe a região amazônica. O Plano Amazônia Agora prevê atingir a neutralidade climática no uso da terra e de florestas até 2036 – a meta da maioria dos países desenvolvidos e do Brasil é 2050. O estado também prevê criar o Fundo Amazônia Oriental, para financiar projetos de preservação ambiental, e regenerar 7,41 milhões de hectares até 2036.

O governo de São Paulo vai apresentar um dos planos de maior envergadura financeira: o Projeto Amazônia + 10, que contempla um investimento de R$ 100 milhões em pesquisas sobre preservação da região amazônica. A iniciativa prevê uma ação conjunta entre São Paulo e os nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) com recursos a serem disponibilizados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). São Paulo também vai apresentar um plano para restaurar  1,5 milhão de hectares de vegetação nativa até 2050

O Maranhão, que também integra a Amazônia Legal, vai mostrar na COP26 o Plano de Recuperação Verde, que irá propor estratégias de economia verde para 30 milhões de pessoas que vivem na região amazônica.

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Minas Gerais decidiu apostar na questão energética. O estado planeja abastecer ao menos 50% da população com energia renovável (excluindo hidrelétricas) até 2030 e chegar a 60% até 20505. Também há um planejamento para um aumento de 10% nos ganhos com eficiência energética até 2030 e de 15% até 2050.

Ceticismo

Já o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou meta climática de redução de gases do efeito estufa para 50% até 2030 (o percentual anterior era de 43%) e de neutralidade de carbono até 2050. Apesar de o anúncio ter sido feito com tom de boa notícia, ele foi visto com ceticismo por ser considerado uma “pedalada climática”, já que o Brasil mudou a forma de cálculo — o que na prática manteve os índices — e pela falta de planos concretos para a meta ser cumprida.

“Os próximos dias serão de intenso trabalho técnico, aliado à articulação com os demais países, em prol de consensos. Durante as negociações, atuaremos de forma construtiva e proativa, a fim de garantir mais ações reais de todos”, afirmou o chefe da pasta do Meio Ambiente em discurso considerado vago.

 

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