A vida off-line de Queiroz
Enquanto não deixa prisão domiciliar, ex-assessor de Flávio Bolsonaro continua sem internet e telefone
Desde que foi para a prisão domiciliar, em julho do ano passado, o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz não tem usado o celular, e o apartamento em que vive também não tem rede wi-fi. Embora a determinação do Supremo Tribunal Federal que o colocou nesse regime não tenha estabelecido as proibições de uso do celular e do acesso à internet, a decisão de ficar sem as duas coisas ocorreu por precaução, para evitar que trocas de mensagens ou telefonemas sejam interpretados como uma comunicação indevida. São os filhos quem levam informações sobre como está a vida e o estado de saúde do ex-assessor para os amigos.
Além de usar tornozeleira eletrônica, o ex-braço direito de Flávio Bolsonaro e homem apontado como o operador das rachadinhas no gabinete do Zero Um não pode manter contato com outros investigados — a não ser os próprios familiares. A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, também está com tornozeleira eletrônica e em prisão domiciliar com ele.
Nesta terça-feira, 16, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu conceder liberdade ao ex-assessor e sua mulher. Mas, não ficou claro se o efeito era imediato ou não, uma vez que o casal ainda têm uma ordem de prisão domiciliar determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o julgamento de ontem, os ministros do STJ salientaram justamente que o STF precisaria ser comunicado da decisão porque, no entendimento da Turma, apenas uma nova decisão de Gilmar pode mudar a situação do ex-assessor.
Recentemente, VEJA mostrou como estava a vida de Queiroz na prisão domiciliar. Com autorização judicial, o ex-assessor frequenta a academia do condomínio onde ele mora na Taquara, Zona Oeste do Rio.