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Vai iniciar uma quimioterapia? Consulte o cardiologista.

As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de mortalidade na população de todo o mundo. Mais: segundo projeção da Organização Mundial de Saúde, o dramático cenário não mudará nas próximas décadas. Pois recentemente, graças aos avanços da medicina, descobriu-se que esses dois perfis de afecções estão mais próximos do que se podia […]

Por Roberto Kalil Filho
Atualizado em 30 jul 2020, 21h50 - Publicado em 15 set 2016, 13h00

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As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de mortalidade na população de todo o mundo. Mais: segundo projeção da Organização Mundial de Saúde, o dramático cenário não mudará nas próximas décadas. Pois recentemente, graças aos avanços da medicina, descobriu-se que esses dois perfis de afecções estão mais próximos do que se podia imaginar.

Os pacientes com câncer sofrem de doenças cardiovasculares. Isso ocorre em decorrência de vários fatores. O principal deles se configura, aparentemente, como um paradoxo. Hoje, a quantidade de quimioterápicos e de combinações entre eles no tratamento do câncer é muito maior. Isso faz com que os pacientes sejam mais expostos aos efeitos desses quimioterápicos – efeitos que, para o sistema cardiovascular, muitas vezes não são bons. O que acontece é que a ação dos quimioterápicos não se limita às células do tumor. Eles também são tóxicos para as células do coração.

Alguns tipos de quimioterapia são destinados a atingir o tecido tumoral, mas, em muitos casos, também danificam as células saudáveis. Quando essas lesões acontecem no músculo ou nos vasos sanguíneos do coração, as complicações podem ser graves a ponto de matar o paciente.

Cerca de 2% dos pacientes que usam algum tipo de remédio contra o câncer sofrem de uma das doenças mais dramáticas para o coração, a insuficiência cardíaca, em decorrência dessa terapia. Afora os tantos casos de aumento da atividade inflamatória do órgão e alterações de coagulação.

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Hoje, o que há de mais moderno na medicina é justamente a linha que estuda essa relação entre a oncologia e cardiologia. A ponto de criar um paradigma em relação ao prognóstico do paciente oncológico. A atenção ao coração passou a ser tão importante quanto ao câncer em si. Há uma nova subespecialidade médica, que tem como objetivo de prevenir os problemas cardíacos nos doentes com câncer.

Não é possível ficar sem os quimioterápicos, claro. A novidade é orientar os profissionais e os pacientes a estarem tão atentos ao coração do doente quanto ao câncer. Enfatizamos a necessidade da atividade física diária, o controle glicêmico, da hipertensão arterial, do colesterol e dos triglicerídeos, manter uma dieta balanceada e evitar fatores como tabagismo e stress. Além dessas medidas, é recomendável que pacientes pertencentes a fatores de risco cardiovasculares ou com cardiopatias prévias, por exemplo, sejam acompanhados por um cardiologista durante todo o tratamento. Isso já acontece em grandes centros de saúde no Brasil e nos Estados Unidos.

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