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Uma boa notícia em saúde em meio à pandemia

Enquanto muitos olham para a Covid-19 – e estão certos! -, foi grata a apresentação de um novo e importante estudo sobre o câncer de próstata

Por Marcelo Bendhack
Atualizado em 7 jul 2020, 12h07 - Publicado em 7 jul 2020, 10h40

Há muitos anos acompanho pesquisas em torno do câncer de próstata. Nas últimas três ou quatro décadas, o diagnóstico, o tratamento e os diversos procedimentos e técnicas têm mostrado resultados e eficácia impressionantes. Ainda que os casos tenham aumentado por diversos fatores – a longevidade é um deles, uma vez que a doença acomete pacientes acima dos 60 anos –, a sobrevida tem sido cada vez maior, com menor número de mortes e de efeitos colaterais em razão do tipo de tratamento escolhido por médicos e pacientes em conjunto.

Em meio à pandemia, enquanto muitos olham para a Covid-19 – e estão certos! –, foi grata a apresentação de um novo estudo, que envolveu 356 pacientes em um acompanhamento mais longo realizado até hoje no Reino Unido. O estudo foi apresentado recentemente no Congresso da ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica).

Preliminarmente, ainda que o estudo necessite de mais resultados oncológicos e um número maior de pacientes, foram positivos os dados apresentados para a terapia de salvamento ablativo focal (Hifu) para o câncer de próstata recidivado após radioterapia, com bom controle ao longo de seis anos. Diversos autores reunidos apontaram que após o período de acompanhamento, três em cada quatro pacientes tratados tiveram seu câncer controlado, com taxa de sobrevida específica de 97,2% e menos de um em 100 pacientes teve alguma complicação significativa.

Ao olhar em particular este e outros estudos para o câncer de próstata, doença que atinge mais de 1,1 milhão de novos casos ao ano em todo mundo, com mais de 300 mil mortes, e também para a Covid-19, fica claro que, para estes casos e para outras tantas doenças que afligem a humanidade, é imprescindível a valorização dos cientistas, dos investimentos para pesquisas científicas e estudos, e ainda dos profissionais da saúde.

Avanço da ciência, das comunicações, a conexão digital e a facilidade de deslocamento são inegáveis sinais da evolução em benefício do ser humano e da sua interação social.

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A pandemia de Covid-19 tem entre suas características o espalhamento do vírus justamente pela facilidade de deslocamento, ao passo que os alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram rapidamente compreendidos dada a amplitude das comunicações e acesso à internet. De modo geral, estes aspectos não minimizam os efeitos e consequências desta primeira pandemia do século XXI. Mas pode ser diferente do ponto de vista da ciência.

Um dos primeiros casos registrados de pandemia na história foi a Peste de Justiniano, em alusão ao imperador romano Justiniano I (483-565). A pandemia se iniciou no Egito por volta de 541 d.C. e teria durado até 750 d.C. Provocada pela peste bubônica, transmitida por meio de pulgas em ratos contaminados, matou 300 mil pessoas apenas em Constantinopla, capital do Império Romano, cuja população na época era de aproximadamente 500 mil habitantes. E se espalhou, atingindo também a Síria, a Turquia, o Irã (então Pérsia) e boa parte da Europa.

Na época, a ciência não conseguiu combater de forma rápida a peste bubônica, que permaneceu disseminando a bactéria Yersinia pestis por mais de 200 anos. Apenas depois de muito tempo e graças à ciência, foi possível chegar ao tratamento da doença.

Hoje, embora não se saiba ainda em quanto tempo teremos uma vacina ou tratamento para a Covid-19, provavelmente a resposta da ciência seja mais rápida. A divulgação de estudos e pesquisas tem sido intensa, o que colabora, por um lado, para que se chegue à uma solução rápida. Para se ter uma ideia, somente neste ano formam publicados quase 25 mil artigos científicos sobre Covid-19, segundo a plataforma de pesquisa em biomedicina Medline. E há uma intensa colaboração entre cientistas do mundo todo.

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Se, por um lado, a urgência sanitária tem integrado tantos cientistas em todo mundo para vencer a Covid-19; por outro, fica evidente que essa colaboração pode beneficiar a saúde e a medicina como um todo, com descobertas para as mais diferentes doenças que ainda não somos capazes de eliminar, tratar ou mesmo diagnosticar com rapidez, eficácia e precisão.

Letra de Médico - Marcelo Bendhack
(./Divulgação)

 

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