Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Letra de Médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

O verdadeiro impacto do colesterol no infarto

O colesterol e a aterosclerose não são descobertas de agora. Múmias de 4 000 anos tinham artérias calcificadas. Leonardo da Vinci descreveu placas em vasos sanguíneos, em 1506. O conde Edward Hyde relatou, em 1632, o sofrimento da dor de angina de seu pai, que hoje sabemos ser causada por obstruções nas artérias do coração. […]

Por Marcus Malachias
Atualizado em 30 jul 2020, 21h28 - Publicado em 28 out 2016, 12h00

O colesterol e a aterosclerose não são descobertas de agora. Múmias de 4 000 anos tinham artérias calcificadas. Leonardo da Vinci descreveu placas em vasos sanguíneos, em 1506. O conde Edward Hyde relatou, em 1632, o sofrimento da dor de angina de seu pai, que hoje sabemos ser causada por obstruções nas artérias do coração. Mas foi o médico russo Nikolai Anichkov, quem, em 1913, primeiro registrou o aparecimento de oclusões nas artérias de coelhos após alimentá-los com o colesterol dos ovos.

Cerca de 25% dos adultos apresentam o colesterol elevado no sangue. Alguns conseguem reduzi-lo com dieta adequada, emagrecimento e exercícios físicos regulares. Mas há muitos, mais da metade, que, mesmo seguindo um estilo de vida saudável, permanecem com o colesterol acima do normal, principalmente a fração LDL, considerada a mais nociva.

Manter o colesterol em níveis normais é uma das melhores formas de prevenção de infarto do coração e de outras doenças vasculares como derrames, aneurismas e o entupimento das artérias das pernas.

Há quem levianamente critique o uso de medicamentos para o colesterol, esquecendo ou desconhecendo evidências de que esses medicamentos revolucionaram o tratamento e a prevenção das doenças cardíacas. Muitos apontam até pesquisas contrárias ao uso das estatinas, fármacos redutores do colesterol. Mas nenhuma dessas pesquisas recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, como fizeram Feodor Lynen e Konrad Bloch, que em 1964 foram laureados pelas descobertas sobre regulação do colesterol e a aterosclerose, assim como Joseph Goldstein e Michael Brown, premiados em 1985, cujos estudos promoveram a criação das estatinas.

Continua após a publicidade

A conta do colesterol

Baixar 1mg/dL nos níveis de colesterol LDL no sangue pode promover uma redução de 2 a 3% no risco de um infarto, doença que mata 100 000 brasileiros ao ano e representa a maior causa de óbitos no Brasil e no mundo. Além da dieta e dos exercícios, há muitas opções de medicamentos disponíveis para reduzir o colesterol e salvar vidas. Melhor medir o colesterol uma vez ao ano, seguir as orientações médicas, usar os medicamentos – se prescritos, e se cuidar.

Ah, e a novidade é que está provado que não precisamos mais de jejum para dosar o colesterol no sangue.

marcus-malachias

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.