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O impacto da menopausa no ganho de peso

Nessa fase, é preciso “gastar mais e ingerir menos” do que era usual aos 40 anos de idade

Por Claudia Cozer Kalil
Atualizado em 23 abr 2021, 19h40 - Publicado em 23 abr 2021, 16h17

O climatério é o período que antecede a última menstruação, a qual recebe o nome de menopausa. Ele tem início por volta dos 47 anos e sua duração costuma ser de 2 a 4 anos. Nessa fase, as taxas hormonais de estrógeno e progesterona oscilam os níveis séricos (a concentração no sangue) devido à menor produção ovariana desses hormônios, até o momento de falência total dos ovários – a menopausa.

A idade de início do climatério, assim como o grau dos sintomas, varia de mulher para mulher a depender da predisposição genética, fatores emocionais, doenças associadas e etnia. Durante esse período nota-se mudanças no padrão do sono, no humor e na disposição física. Além disso, emergem sintomas vasomotores, que são as conhecidas “ondas de calor”, secura vaginal e da pele, diminuição da libido e o famoso aumento de peso.

A mulher que já tem uma rotina mais sedentária e sem atividade física, um padrão alimentar mais calórico e desorganizado vai vivenciar um ganho de peso maior podendo inclusive a desenvolver a obesidade. A diminuição do metabolismo energético nessa fase de vida feminina é nitidamente visível pelo acúmulo de gordura corporal e mudança da forma do corpo mesmo nas mulheres que têm hábitos mais saudáveis e peso controlado. Quantas já não comentaram “não mudei em nada minha rotina e estou ganhando peso”?

As mulheres que já são obesas nessa fase de vida sofrem consequências mais severas no que tange às ondas de calor, o que as leva a se abster de certas atividades e também a diminuir a eficiência no trabalho.

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A menopausa e obesidade criam juntas um terreno propício para piora dos eventos cardiovasculares (infarto e derrame), canceres, trombose e problemas ortopédicos. Imagine uma mulher nessa idade, ganhando peso, com ausência de hormônios importantes para vitalidade e vigor, coincidindo com a saída dos filhos de casa, reduzindo suas atividades profissionais e aumentando as chances de doenças cardíacas? Nenhuma mulher vai querer fazer 50 anos!

A melhor arma para esse momento é a prevenção. Afinal, pelas estatísticas atuais, a mulher que atinge essa fase ainda tem mais 40 anos de vida. A manutenção do peso e a vigilância nos hábitos alimentares faz com que não haja muito ganho de peso nessa fase de vida. A terapia de reposição hormonal (TRH) é prescrita de forma individual, visto que cada mulher deve ser avaliada para definir entre os riscos e benefícios do uso de hormônios exógenos.

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Vale ressaltar que as indicações de TRH se limitam aos casos de osteoporose e intensos sintomas vasomotores; as outras indicações têm uso relativo. A TRH não previne ganho de peso e nem aumenta o metabolismo energético, portanto TRH não emagrece. Alguns estudos mostram diminuição do depósito de gordura em região abdominal com o uso de estrógenos. A mulher com sobrepeso e obesa pode ser submetida a TRH desde que acompanhada por seu médico e submetida a exames periódicos.

Portanto, a reorganização do padrão de vida se faz necessário, aumentando o gasto energético através de atividades físicas programadas (aulas) ou espontâneas (caminhadas, bicicleta) e reavaliando os hábitos alimentares para reduzir as calorias diárias. Em outras palavras, é preciso “gastar mais e ingerir menos” do que era usual aos 40 anos de idade.

Claudia Cozer Kalil
(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
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