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Casamento faz bem ao coração

Um estudo recentemente divulgado mostrou que pessoas casadas que sofreram infartos tiveram melhor evolução e morreram menos que solteiros e viúvos

Por Marcus Malachias
29 jan 2018, 16h09

Fatores emocionais e sociais têm importante influência sobre o desenvolvimento e evolução da doenças cardíacas. Um estudo inglês, recentemente divulgado, demonstrou que pessoas casadas que sofreram infartos tiveram melhor evolução e morreram menos que solteiros e viúvos.

A pesquisa revelou ainda que casados, de ambos os gêneros, que têm fatores de risco para o desenvolvimento de complicações cardíacas, como hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes, também tiveram uma menor taxa de mortalidade em três anos de acompanhamento.

A pesquisa

Com o objetivo investigar o impacto do estado civil sobre a mortalidade de pacientes internados com síndromes coronarianas agudas (infarto e angina) e com fatores de risco cardiovasculares, foram coletadas informações de um grande banco de dados de hospitais da Inglaterra, entre 1 de janeiro de 2000 e 31 de março de 2013. Foram selecionados pacientes internados com doenças coronarianas agudas, hipertensão, colesterol elevado e diabetes tipo 2 (DM2).

A mortalidade de pacientes de diferentes estados matrimoniais foi comparada e, por meio de métodos estatísticos, ajustada para idade, gênero, etnia e as dez maiores causas de mortalidade no Reino Unido. Entre 929.552 pacientes adultos admitidos no período de estudo, houve 168.431 pacientes com hipertensão, 53.055 com alterações dos níveis de colesterol, 68.098 pacientes com DM2 e 25.287 com síndromes coronarianas agudas.

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Conclusão

A análise revelou que as pessoas casadas, em comparação com as solteiras, apresentaram taxas de mortalidade significativamente menores. Assim, entre aqueles com hipertensão houve uma diferença de 10%; naqueles com colesterol elevado a diferença foi de 16%; entre diabéticos, 14%; enquanto nos coronarianos foi de 14% .

A mortalidade também foi menor em pacientes viúvos com hipertensão (3%), diabetes (3,5%) e coronariopatias (4,1%). Pacientes divorciados coronarianos também apresentaram maiores taxas de mortalidade.

Em conclusão, pacientes casados com doenças cardíacas ou fatores de risco têm taxas de mortalidade mais baixas, não podendo ser afastado, além das questões sócio-emocionais, o efeito de um melhor gerenciamento da saúde cardiovascular nesses indivíduos. Os autores sugerem a necessidade de uma maior atenção ao suporte social para pacientes isolados com doenças cardíacas e fatores de risco cardiovasculares.

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Dr. Marcus Malachias

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