“Se quisermos realmente criar um programa social, um auxílio, uma transferência de renda focalizada na população mais carente, são inúmeras as opções de onde esse dinheiro poderia vir. Poderia vir do fim de deduções de Imposto de Renda para pessoas ricas. Quem hoje deduz Imposto de Renda de saúde? É quem é rico; não é o pobre. Se fosse um governo preocupado em tirar do rico para dar para o pobre, estaria fazendo essas medidas. Mas, não. É um governo que está tirando do pobre para dar ao pobre. Se estivesse buscando tirar dos mais ricos para dar aos mais pobres, estaria lutando para acabar com os supersalários [no setor público]. Mas não, o governo opta por fazer um furo no teto de gastos; opta por acabar com a Regra de Ouro; e opta por dar calote no calote, que são os precatórios. Os precatórios já são calotes dados pelo governo. O governo agora está dando um calote no calote. E pelo calote.”
(Tiago Mitraud, deputado pelo Partido Novo de Minas Gerais, sobre os impasses do governo com seus aliados no Congresso para pagar despesas essenciais como o auxílio financeiro aos pobres inscritos no Bolsa Família.)