Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

Choque de realidade: Lula e Bolsonaro descobrem como os partidos mudaram

Por óbvio, eles são relevantes como candidatos presidenciais, mas a prioridade dos partidos é a bancada, e cada parlamentar está na luta pela sobrevivência

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 out 2021, 08h00

Líderes nas pesquisas eleitorais, Lula e Jair Bolsonaro estão descobrindo como a campanha de 2022 tende a ser bem diferente de tudo que já viram e viveram nas últimas três décadas. É um choque de realidade.

Começaram a perceber que a prioridade dentro dos partidos é a eleição legislativa, federal e estaduais, porque o tamanho da bancada será decisivo ao futuro individual e coletivo. Vai determinar não só o acesso a fundos públicos, como o tempo de propaganda no rádio e na tevê — equivalentes a ouro no mercado partidário.

Lula não disputa uma eleição há década e meia. Nas primeiras viagens ao Norte e ao Nordeste, neste ano, percebeu que já não tem espaço dentro do PT para se movimentar como antes, principalmente na indicação de candidatos ao Senado.

Caso exemplar ocorreu no Pará, onde ensaiou uma conversa sobre a vaga ao Senado com os Barbalho — Jader, o patriarca senador, e Helder, o filho governador. Tropeçou na reação de Paulo Rocha, senador pelo PT paraense. Depois de cinco mandatos na Câmara, Rocha chegou ao Senado em 2015 e, desde então, está em campanha pela reeleição.

Bolsonaro, depois de sucessivos fracassos em ter um partido sob seu controle, agora negocia a candidatura pelo PP.

Continua após a publicidade

A conversa começou, como sempre, pela exposição do seu desejo de ter pleno domínio do caixa do partido, autoridade na escolha de candidatos ao Senado e na definição de alianças regionais.

Os líderes do PP, locomotiva do Centrão, demonstraram a total inviabilidade. O partido é um abrigo de chefes políticos regionais, como o atual MDB, pragmáticos nas alianças. A Bahia é exemplo: o partido trocou um parceiro no Centrão, o DEM do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, pela aliança no governo estadual com o PT de Lula.

O choque de realidade levou Bolsonaro a reduzir sua ambição a cada conversa com Arthur Lira e Ciro Nogueira. No início da semana já aceitava se limitar a receber um pedaço do fundo eleitoral (R$ 140 milhões) e restringir seu poder de escolha ao candidato ao Senado do partido no Rio, sua base eleitoral.

Bolsonaro e Lula começaram a perceber uma novidade na campanha: por óbvio, eles são relevantes como candidatos presidenciais, mas a prioridade dos partidos é a bancada e cada parlamentar está na luta pela sobrevivência. Isso condiciona seus movimentos no jogo eleitoral do ciclo pós-pandemia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.