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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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Trump já foi bloqueado tarde – e segue o jogo…

O presidente americano escudou-se na proteção à livre manifestação para causar prejuízos à democracia mais consolidada do planeta

Por Jorge Pontes
12 jan 2021, 11h13

O banimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, das redes sociais Twitter, Facebook e Instagram é mais um assunto a ser deturpado pelo ambiente de distorções e de desonestidades intelectuais que domina o nosso tempo.

Pensar diferente, ou think different, e expressar esse pensamento nas redes sociais é uma coisa, utilizar esses espaços como ferramentas para insuflar lunáticos à insurreição e ao cometimento de crimes, é outra bem diferente.

Se as big techs podem bloquear uma pessoa comum que usa sua conta para fazer apologia ao crime, ou mesmo delinquir, podem também bloquear o presidente dos EUA se a sua conduta for a mesma dessa pessoa comum. E por que não haveria de bloquear?

O presidente dos EUA não foi silenciado no seu sagrado direito de opinar, mas neutralizado em seus intentos criminosos.

Aliás, essa medida vinha sendo demandada por milhões de usuários. E já veio tarde.

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O absurdo e o anacronismo da situação não foi o bloqueio do presidente dos EUA, mas sim o fato de o presidente dos EUA descer a um ponto tão rasteiro que o fez merecer a humilhação de ser bloqueado, como um membro de milícias digitais de quinta categoria.

É importante reforçar que não houve banimento nem suspensão de contas em razão das opiniões de Trump, mas em razão dele tê-las usado para incitar atos criminosos, que acarretaram inclusive em perda de vidas.

O presidente americano escudou-se na proteção à livre manifestação para causar prejuízos à democracia mais consolidada do planeta. Trump achou que poderia seguir incitando a prática de crimes, por conta da proteção à liberdade de opinião e da ojeriza que o mundo livre tem em relação à censura.

Twitter, Facebook e Instagram estabelecem normas aos seus usuários, que são cientificados no momento em que abrem suas contas. Está tudo lá nas letrinhas miúdas…

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Os donos desses canais podem suspender ou até banir, se houver quebra dos compromissos do contrato. Quando registramos uma conta, vamos concordando, a cada passo, com os termos estabelecidos unilateralmente pela empresa. E ninguém é obrigado a ter conta em mídia social.

Usar as redes para exortar uma multidão de tresloucados a marchar armada em direção ao Capitólio, e invadi-lo criminosamente, não é bem “emitir uma opinião”.

Quem no Brasil defende Trump por conta desse banimento está pensando prospectivamente em Jair Bolsonaro, que vem seguindo, passo a passo, o roteiro desastrado do seu colega do Norte, o futuro ex-presidente dos EUA.

E segue o jogo!

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