Não podou suas roseiras? Corra que ainda dá tempo
Há quem sustente que é O.k. podar as roseiras em qualquer momento do inverno. Mas eu, apegado à tradição que veio de minha mãe e de minhas tias viciadas em rosas, não arrisco: faço isso do começo de julho até, no máximo, o último final de semana de agosto. Se você ainda não se deu ao trabalho, […]
Há quem sustente que é O.k. podar as roseiras em qualquer momento do inverno. Mas eu, apegado à tradição que veio de minha mãe e de minhas tias viciadas em rosas, não arrisco: faço isso do começo de julho até, no máximo, o último final de semana de agosto.
Se você ainda não se deu ao trabalho, portanto, eis a boa notícia: ainda dá tempo de cumprir essa tarefa essencial do calendário anual da jardinagem.
Para se revigorarem e florirem com força total, as roseiras necessitam de podas recorrentes e adubação adequada (voltarei a este último tema em um post no futuro, pois ainda é cedo para adubá-las). Há, no entanto, dois tipos bastante distintos, e complementares, de podas.
Ao longo do ano, deve-se fazer podas leves de manutenção, apenas para tirar botões antigos e galhos secos.
A poda de inverno é de outra natureza: nessa época, e apenas uma única vez por ano, você deve tesourar suas roseiras de maneira radical. Sem medo de cortar na carne de suas plantas, ceife os galhos secos e ramos ladrões até reduzir bem o volume da touceira. Isso vai conferir maior compactação e renovará a energia da planta na primavera e verão.
No vídeo abaixo, apresento dicas de poda das roseiras que aprendi com um especialista do Ceasa de São Paulo:
https://videos.abril.com.br/veja/id/5e6c08b4ce77235528af52dbd79e0d09?
E aqui vai um resumo do processo em cinco passos:
1) Com uma tesoura de poda adequada, corte os ramos ladrões e pontas dos galhos até alguns milímetros acima de um olho – futuro broto em formação – de aspecto vigoroso.
2) Os galhos secos devem ser arrancados sem dó. Eles podem ser portas de entrada para fungos e outras doenças.
3) Escolha bem sua ferramenta: a tesoura deve ser afiada e a parte da lâmina precisa ficar posicionada no lado do galho que vai permanecer na planta. O gavião, a outra face da tesoura, não tem corte e só deve servir de apoio, já que costuma mascar os galhos e abrir caminho para a entrada de pragas.
4) Mantenha sua roseira sempre num ponto bem arejado, iluminado e com drenagem perfeita. Ela gosta de água, mas abomina encharcamentos.
5) Atenção: as roseiras do tipo trepadeira são uma exceção. Mesmo no inverno, a poda dessas variedades deve ser mais conservadora e pontual.
(fotos iStock/Getty Images)