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‘Poldark’: um novelão de época, com muito orgulho

Série na GloboSat Mais sobre um aristocrata inglês do século 18 que não dá a mínima para o que os outros pensam anda rápido e diverte muito

Por Isabela Boscov Atualizado em 15 jun 2018, 14h01 - Publicado em 14 jun 2018, 16h51

Ross Poldark, herdeiro de uma família antiga da Cornuália, vai lutar na guerra da Independência americana e, em 1781, é dado como morto nos campos de batalha. Mas eis que, em 1783, bem na noite em que sua prometida Elizabeth fica noiva de seu primo Francis, Ross reaparece, muito vivo – e agora muito bravo. A família pressiona para que ele vá tentar a sorte em algum outro canto da Inglaterra. Mas o Capitão Poldark decide que não vai arredar pé dali. Retoma a casa do pai falecido, tenta pôr alguma ordem entre o casal de velhos criados preguiçosos e beberrões e, mais do que tudo, cisma de fazer a mina de cobre do pai, dada como esgotada, voltar a render. As pedras no seu sapato: a paixão que agora azedou por Elizabeth e o arrivista George Warleggan, que morre de inveja de Ross desde a infância mas, tendo ficado milionário como banqueiro/usurário, finalmente está em condições de atormentar seu rival. Ross, porém, não é assim tão fácil de atormentar, porque não dá a mínima para o que os outros pensam – e prova disso está no seu casamento repentino e escandaloso com Demelza, sua criada de cozinha.

Poldark
(iTV/BBC/Divulgação)

Poldark, uma co-produção inglesa da ITV e da BBC, é um novelão, e com muito orgulho: Ross (Aidan Turner) é nobre de sentimentos, obstinado, esquentado e arrebatador, e tem cabelos negros revoltos que deixam as moças loucas. George Warleggan (Jack Farthing) é abjeto, sem caráter, manipulativo, afetado e não tem uma qualidadezinha sequer que o redima. Elizabeth (Heida Reed) é altiva, mas é também fraca e toma péssimas decisões. E Demelza (Eleanor Tomlinson) é livre, amorosa, bondosa e fogosa, e tem um nível altíssimo de tolerância para com as burradas de Ross. Que, com tudo que o recomenda, é também teimoso feito uma mula, e adora insistir nos mesmos erros. Essa é a graça da coisa, claro. Nas três temporadas já exibidas – todas disponíveis na GloboSat Mais –, esses quatro personagens, mais o primo Francis (Kyle Soller), engalfinham-se vez após vez após vez, sem nunca soltar do abraço. Mas a série anda rápido: cada um dos episódios é repleto de acontecimentos, de personagens secundários coloridos e de subtramas movimentadas. As paisagens são maravilhosas, e a certa altura ganham o acréscimo de uma beldade estonteante – a aristocrática e fútil, mas secretamente inteligente e generosa Caroline Penvenen (que é interpretada por Gabriella Wilde, aristocrata de verdade na vida civil). Nunca vi a série original dos anos 70 que foi a primeira adaptação dos romances do escritor Winston Graham, mas duvido que seja tão divertida quanto esta versão. Aliás, a quarta temporada acabou de entrar no ar na Inglaterra, e a quinta temporada, para o ano que vem, já está garantida.

E, agora, uma recomendação-bônus: lembrei que Aidan Turner fez Kili, aquele anão que se apaixona por uma elfa em O Hobbit – e que trabalhou portanto com Richard Armitage, que fazia Thorin, o chefe dos anões. Pois, em 2004, Richard Armitage estrelou uma minissérie de quatro episódios que é, para mim, a campeã das campeãs em termos de adaptação de romance da BBC: North & South. Meu amigo Mario Mendes acaba de avisar que ela está disponível no YouTube: procure por North & South 2004 (há uma versão de 1985 que não é tão bacana quanto esta).

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