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Na Amazônia, cinco estados registram aumento de queimadas

De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, uma área equivalente a três vezes o município de São Paulo está pronta para queimar

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jun 2020, 18h10 - Publicado em 15 jun 2020, 17h40

Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rondônia, estados que compõem a Amazônia brasileira, acumularam entre janeiro e a primeira quinzena de junho mais alertas de focos de calor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Respectivamente, cada região teve aumento de: 35%, 44%, 75%, 12% e 42%. Ao somar os dados dos nove estados do bioma, a incidência de fogo é menor em comparação a 2019. Contudo, o período de queimadas está no começo e a tendência é que a prática se intensifique, pois ela é uma etapa que ocorre na sequência do desmatamento. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, que também apontou o aumento de 12% na derrubada da floresta em maio, em comparação ao mesmo mês de 2019.

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Segundo a diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e especialista em incêndios no bioma, Ane Alencar, cada região tem um período diferente para o fogo. Roraima, por exemplo, costuma queimar no início do ano, o que não aconteceu em 2020. Neste mesmo período do ano passado, foram 4.600 focos de calor. Em 2020, 1654. “Ao fazer a comparação entre os dois anos, temos que lembrar que apenas um estado representa a diferença de quase 3.000 pontos de calor. A partir de agora, Roraima só terá fogo no ano que vem”, explicou Ane. O total acumulado de focos de calor na Amazônia até 14 de junho de 2019 foi de 9.311. Em 2020, o número, puxado por Roraima, caiu para 6.532.

Isso quer dizer que a curva dos dois períodos está parecida e o período crítico começará em julho. “Os estados que apresentaram o aumento de queimadas estão entre os campeões de desmatamento. Este ano não será pior do que o ano passado somente se medidas de comando e controle forem implementadas”, afirmou.

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Outro ponto que chamou a atenção da especialista foi o aumento de 44% de focos de calor no Amazonas. “O estado concentra a maior parte do desmatamento em terras públicas não destinadas. Muitas dessas áreas não queimaram no ano passado e ainda é cedo para iniciar incêndios em grandes áreas, porque o período de seca não começou”, disse Ane.

De acordo com uma nota técnica divulgada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), “uma área desmatada de pelo menos 4.500 quilômetros quadrados na Amazônia, equivalente a três vezes o município de São Paulo, está pronta para queimar. Resultado da soma do que foi derrubado no ano passado e nos primeiros quatro meses desse ano”. O Instituto também destacou que: “quatro estados concentram 88% da área desmatada e não queimada: Pará (com 42%) dos 4,5 mil km2, Mato Grosso (23%), Rondônia (13%) e Amazonas (10%)”.

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