Versão do filho de Lula não convenceu investigadores
Eles continuam acreditando que o esporte de Luis Cláudio é outro
Tuitei no dia 29 de outubro:
Nesta quinta-feira, 5 de novembro, a Folha informa:
“Durou quatro horas o depoimento de Luis Cláudio Lula da Silva à Polícia Federal. O filho do ex-presidente Lula estava tranquilo. Os investigadores, entretanto, não ficaram convencidos com a versão apresentada.”
Pois é. O filho de Lula ensaiou direitinho, mas não convenceu.
Talvez não tenha o talento teatral do pai.
“Luis Cláudio teria dito que retirou documentos de sua empresa após reportagem revelar que recebeu pagamentos da Marcondes e Mautoni. Consultada, a defesa não respondeu.”
Essa suposta retirada de documentos pode ter sido a “faxina” realizada duas semanas antes do cerco da PF, conforme noticiado pela IstoÉ e repercutido aqui no blog.
A firma de lobby Marcondes e Mautoni é suspeita de ter atuado na “compra” de medidas provisórias do governo do PT que prorrogaram os benefícios fiscais de empresas do setor automotivo.
O filho de Lula é suspeito de ter sido recompensado pela efetivação da compra com pelo menos 1,5 milhão de reais que recebeu dessa empresa.
Segundo a nota do advogado Cristiano Zanin Martins, Luis Cláudio declarou que sua empresa LFT “prestou serviços” à Marcondes e Mautoni em 2014 e 2015 e, por isso, recebeu “os valores que foram contratados”.
O problema é que o comunicado não esclarece quais teriam sido esses serviços, que até agora não foram comprovados publicamente.
O filho de Lula, diz a nota, “reafirmou ao delegado o seu ‘know how’ na área esportiva”, citando suas passagens pelos quatro grandes clubes de São Paulo – Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
A defesa deve ter mesmo muita confiança no juiz que reassumiu a Operação Zelotes para manter essa conversa mole. Felizmente, os investigadores ainda acreditam que o esporte de Luis Cláudio é outro.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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