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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Romário x Veja: Os fatos e interesses que estão em jogo

[* A atualização do caso foi acrescida no fim deste post.] Este blog já repercutiu acertos de Romário (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui); já desmascarou mentiras espalhadas contra o senador (aqui e aqui) e já o criticou por seus erros (aqui e aqui). Agora vai constatar os fatos em jogo em sua atual polêmica com a revista VEJA. Vejam esta […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h48 - Publicado em 2 ago 2015, 16h33

[* A atualização do caso foi acrescida no fim deste post.]

Este blog já repercutiu acertos de Romário (aqui, aquiaqui, aqui e aqui); já desmascarou mentiras espalhadas contra o senador (aqui e aqui) e já o criticou por seus erros (aqui e aqui).

Agora vai constatar os fatos em jogo em sua atual polêmica com a revista VEJA.

Vejam esta imagem, montada por mim:

Romário Veja montagem

Romário mente ao dizer que avisou aos repórteres “que era mentira, mas mesmo assim eles levaram a matéria adiante”.

Na verdade, o que ele disse aos repórteres antes da publicação da reportagem foi que não sabia se tinha fechado as suas contas na Europa, dos tempos de (excelente) jogador. Textualmente:

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“Pra ser sincero, não sei se fechei essas contas, mas garanto que nunca mais movimentei. Não tenho conhecimento dessa. Até agradeço você dizer isso pra mim. Pode dar matéria que eu vou lá semana que vem. Quero saber exatamente de onde vem esse dinheiro dessa conta na Suíça.”

O primeiro post do senador no Facebook – como mostra a imagem – refletia exatamente esse posicionamento de alegada incerteza.

Mas depois de sua ida ao BSI, na Suíça, acompanhado de sua ex-mulher Isabella Bittencourt e de dois advogados, Romário partiu sem freio para o ataque.

O que aconteceu na conversa entre o senador e o banco, eu não tenho como saber, mas, neste fim de semana, VEJA fez nova matéria, afirmando que cumpriu “o papel mais nobre da imprensa” ao prestar informação sobre um servidor público e “não tem nenhuma razão para duvidar da autenticidade do extrato que publicou” e que hoje “está nas mãos do Ministério Público Federal”.

Romário, de fato, não provou absolutamente nada até agora, mas ter simplesmente dito que o extrato era “falso” foi o suficiente para seus fãs e/ou detratores da VEJA acreditarem mais na sua palavra do que na revista – ou melhor: do que no documento publicado pela revista.

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O senador comentou assim a nova matéria:

Captura de Tela 2015-08-01 às 23.12.10

Romário diz que “o banco admitiu que nunca tive vínculo com eles”.

O banco não se pronunciou oficialmente ainda, mas imagino que Romário não diria tal coisa se não tivesse ouvido o que afirma ter ouvido do BSI ou se o discurso não tivesse sido alinhado com o banco após sua ida à Suíça (após ter se tornado, segundo VEJA, “a primeira pessoa a voar para a Suíça motivada pelo extrato de uma conta que ele garante não possuir e depois anunciar, triunfante, que não tem mesmo”; após ter se tornado, segundo eu, o primeiro homem a levar para dentro de um banco uma ex-mulher, que tem família na Suíça, para ver se tinha 7,5 milhões de reais sobrando em uma conta).

O BSI, comprado por 1,7 bilhão de dólares no ano passado pelo brasileiro BTG Pactual, de André Esteves, tem total interesse em tentar demonstrar que não permitiu o vazamento de informação sobre a conta de um cliente. Qualquer vazamento para um banco é trágico e os suíços vivem dos segredos dos milionários que lá escondem sua grana.

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Acontece que meros pronunciamentos de Romário e do BSI sobre a inexistência da conta não provam a falsidade do extrato, nem que ela nunca existiu.

Servem, no entanto, para proteger a imagem do senador e do banco entre aqueles que sentem necessidade de tomar posições antes que os fatos sejam devidamente esclarecidos.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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Comentário Romário

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ATUALIZAÇÃO DO CASO (7 de agosto):

O banco, conforme o esperado, declarou que o extrato era falso e que Romário “não é o titular da conta”.

A revista VEJA, sem ter como provar o contrário, considerou a declaração suficiente para publicar o texto “VEJA reconhece o erro e pede desculpas a Romário“.

Romário decidiu processar a revista por danos morais e exigir direito de resposta na edição impressa.

Blogs sujos do PT e militantes virtuais conhecidos como MAVs usaram o caso para atacar a VEJA e, de quebra, este colunista que os incomoda diariamente.

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Sobre a parte que me toca, tenho apenas 5 obviedades a dizer:

1) Este blog, como exposto acima, já repercutiu mais acertos de Romário do que erros. O erro que critiquei, a retirada da assinatura do pedido de CPI dos Fundos de Pensão, na verdade foi até corrigido depois pelo senador, que o assinou novamente, atitude que em seguida aplaudi. De ataque pessoal, aqui não tem nada.

2) MAVs ignoram diferença entre analisar todas as hipóteses de um caso, inclusive a que acabou se considerando a verdadeira, e acusar alguém.

3) MAVs ignoram diferença entre o que é prova e aquilo que se aceita como suficiente para tomada de posição. Distinguir lhes soa acusatório.

4) MAVs fingem não saber diferença entre colunista online e revista impressa para acusar o primeiro como reclamam que a segunda fez com alguém.

5) Minhas análises são minhas: sempre. Podem coincidir ou não com o que a revista diz. MAVs não entendem porque a deles já vem prontas de cima.

Aqui, não passarão.

ATUALIZAÇÃO DO CASO (26 de novembro):

Veja a minha análise sobre os novos fatos clicando no link:

Caso Romário/BSI volta à tona e Rodrigo Janot tem obrigação de investigar“.

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