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Não gostam de liberdade? “F*** off!” Vão chamar o prefeito muçulmano de Rotterdam de extrema direita também?

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h20 - Publicado em 14 jan 2015, 17h34

Após o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris na semana passada, o prefeito muçulmano da cidade holandesa de Rotterdam disse no programa de TV ‘Nieuwsuur’ que imigrantes muçulmanos que não apreciam o modo de vida nas civilizações ocidentais podem f *** off”, segundo a tradução do Daily Mail para esta singela mistura inglesa de “f***-se” e “vai pra p*** que pariu”.

Filho de um imam, Ahmed Aboutaleb, de 53 anos, é um exemplo de adaptação ao Ocidente: cresceu no norte de Marrocos e mudou-se para a Holanda em 1976, aos 15 anos, onde trabalhou como repórter, tornou-se funcionário público, foi nomeado secretário de Estado para os Assuntos Sociais e do Emprego em 2007 e alcançou o atual cargo na prefeitura da segunda maior cidade do país, com mais de 610 mil habitantes, em 2008 pelo Partido Trabalhista holandês, sempre pregando a integração de estrangeiros.

“É incompreensível que vocês se voltem contra a liberdade”, disse Ahmed na TV. “Mas se vocês não gostam de liberdade, pelo amor de Deus, façam as malas e vão embora. Isso é estúpido, incompreensível. Se vocês não conseguem achar o seu lugar aqui, sumam da Holanda. Agora, aqui será o lugar de todos os muçulmanos bem-intencionados. Se você não gosta daqui porque alguns humoristas de que vocês não gostam estão fazendo um jornal, eu posso então dizer para vocês ‘f*** off’.”

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Ahmed ainda declarou à Observer que sua mensagem aos imigrantes é que “parem de se ver como vítimas, e se vocês não querem se integrar, que saiam”.

As declarações lhe renderam elogios do prefeito de Londres, Boris Johnson, que o chamou de seu “herói” indo “direto ao ponto”: “Esta é a voz do Iluminismo, de Voltaire. Se estamos querendo vencer a batalha pelas mentes destes jovens, então esse é o tipo de voz que precisamos ouvir – e ela precisa acima de tudo ser uma voz muçulmana”, escreveu Boris no Telegraph.

Exato. Além de uma polícia mais preparada, que não dê marcha à ré na perseguição aos terroristas, como mostrou o novo vídeo dos ataques, precisamos de muçulmanos que se ergam contra o radicalismo islâmico, assim como de negros contra racialistas, gays contra gayzistas, mulheres contra feministas e assim por diante, como tantas vezes dito neste blog.

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Em uma emissora como a Globo News, onde abundam “especialistas” a culpar as vítimas e/ou mais preocupados com os sentimentos islamofóbicos dos europeus do que com o massacre de inocentes perpetrado pelos terroristas islâmicos, ao menos uma entrevista com o prefeito de Rotterdam seria uma lufada de ar fresco, como se diz por aí. Finalmente, alguém que não precisa adular a “minoria” da vez e trata seus membros como indivíduos adultos.

Ou será que os “especialistas” colocarão Ahmed junto com Marine Le Pen na conta da “extrema direita xenófoba”?

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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