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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Já contaram para o Conti? Autoridade do Hamas admite que grupo sequestrou os três jovens de Israel. Avisem a Helena Celestino e Janio de Freitas também, ok?

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 03h14 - Publicado em 21 ago 2014, 16h31

Mario Sergio Conti, o famigerado puxa-saco de José Dirceu que entrevistou o falso Felipão pensando que era o verdadeiro, escreveu no último dia 7 de agosto um artigo sobre Gaza, culpando Israel pelo “massacre”, quer dizer, culpando “os guerreiros do Pentateuco” que “assassinaram” criancinhas, como era de se esperar de Conti. Pensei em refutar linha por linha, como escrevi no Facebook naquele dia, mas imaginei que aquele Israel devia ser um sósia.

Agora que um oficial do Hamas na Cisjordânia – o mesmo Saleh al-Arouri que, como já veremos, este blog antecipou ser o mandante dos sequestros – admitiu que “A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada, e culminou na operação heroica das Brigadas Ezedin al-Qassam de aprisionar os três colonos em Hebron”, referindo-se ao sequestro dos três jovens israelenses por parte do braço armado do grupo terrorista, não resisto a lembrar um trecho de seu artigo que, como outros tantos da imprensa nacional e internacional, tomava a negação da responsabilidade por parte do Hamas não só como digna de crédito, mas também como argumento para demonizar as ações do estado de Israel na operação Limite Protetor.

“Ao longo do morticínio, as razões invocadas por Israel para assaltar Gaza mudaram conforme a conveniência. Em junho, começou a Operação Guarda do Meu Irmão, em resposta ao desaparecimento de três adolescentes israelenses. Os jovens foram encontrados mortos e o Hamas disse de imediato que não tinha responsabilidade pelo assassinato.”

Se o Hamas “disse de imediato” – ui, ui, ui! -, então os israelenses são muito malvados por responsabilizá-los e por usar o caso como um dos pretextos para a guerra, não é mesmo? Conti outra! Demorar meses para assumir a responsabilidade favorece a propaganda anti-Israel, porque o Hamas sabe que a mídia fará o seu papel de condenar as ações israelenses e que a confissão tardia não terá a mesma repercussão da negação inicial, feita no calor do momento.

Aqui no blog, eu já havia escrito no meu primeiro artigo sobre o atual conflito:

Nas últimas semanas, aconteceu o de sempre – que pode ser sintetizado nessas imagens:

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A última imagem foi feita logo após os caças de Israel despejarem bombas sobre a Faixa de Gaza em retaliação à morte dos três jovens israelenses: Naftali Frenkel e Gilad Shaer, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de 19. (…)

É verdade que colonos judeus, em represália à morte dos três israelenses, sequestraram e mataram um adolescente palestino, como numa espécie de justiçamento brasileiro. Mas sabe o que aconteceu com eles? Foram presos, é claro. Se fosse ao contrário, nem preciso dizer que os autores do crime seriam os “bravos, nobres e corajosos” heróis do Hamas.

Aqui no blog, eu também publiquei as entrevistas do “Filho do Hamas”, Mosab Hassan Yousef, destacando em negrito o trecho em que ele antecipava que o oficial do Hamas que hoje admite em Istambul a responsabilidade do grupo teria sido o próprio mandante do crime:

“Bem, eu acho que os catarianos têm alguma responsabilidade no que está acontecendo agora, porque eles financiaram o Hamas durante toda a última década. E a Turquia também fez o mesmo. Saleh al-Arouri, um dos principais líderes do Hamas, hoje vive na Turquia. Foi ele quem deu as ordens para os membros do Hamas da Cisjordânia raptarem os garotos israelenses e matá-los, em Hebron. Então, basicamente, esses poderes na região, eles precisam parar de apoiar o Hamas porque o Hamas é simplesmente uma organização terrorista, e ela não se importa com a vida dos palestinos. Ela não se importa com a vida dos israelenses, tampouco.”

Outros Contis
Aproveitando o embalo, Helena Celestino é outra colunista anti-Israel do Globo, que pertence, dizia eu, à escola imagética de Zuenir Ventura: “A multiplicação das vítimas civis e a obscena desproporção de poder militar nessa guerra contribui [sic] para degradar a imagem internacional do Estado judeu, cada vez mais dominado pelos falcões da direita.” O título sintomático de seu artigo de 23 de julho é “Marcha da insensatez”. Esta senhora marcha que é uma beleza. Seguindo fielmente a máxima atribuída a Lenin, “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz”, ela culpa Israel pela degradação da própria imagem, quando esta se degrada sobretudo por conta da cobertura militante de Contis, Celestinos e CNNs da mídia internacional, tantas vezes desmascarada neste blog nos últimos meses.

Celestino chegou mesmo a escrever outro artigo em que exalta a agência da ONU em Gaza “que enfrenta o perigo para dar um pequeno espaço à vida normal das crianças palestinas”, omitindo tudo que informei aqui no blog sobre a cumplicidade da UNRWA com o Hamas, especialmente no post Chorão da ONU é desmascarado na TV! Vídeo mostraria escolas da entidade pregando ódio aos judeus. Cadê a notícia nos jornais? E as fotos dos foguetes do Hamas sendo lançados dos arredores das instalações da ONU? E o manual do Hamas ensinando a usar escudos humanos?.

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E ainda há Janio de Freitas, o colunista da Folha que afirmou ser mentira “a velha alegação de que os hospitais, escolas, mesquitas e moradias destruídos serviam de depósitos de armas e munição do Hamas”, coisa que até Ban Ki-moon admitiu, como mostrei no post Momento épico! Embaixador de Israel detona CNN no ar! Cadê na mídia a mensagem do secretário-geral da ONU sobre o Hamas usar escolas como depósito de armas?. Os próprios leitores da Folha tiveram de escrever ao jornal lembrando esse e outros episódios e dizendo que Janio “despreza a realidade”, o que é bastante comum, como se vê, na imprensa brasileira.

Felizmente, Israel se preocupa mais em proteger seu povo do que em ficar bem na fita com seus inimigos. Os bombardeios desta manhã mataram três líderes militares do Hamas, que violara mais uma vez o cessar-fogo: “A operação Limite Protetor não será concluída enquanto não tivermos a garantia da segurança dos israelenses”, declarou o premiê Benajmin Netanyahu. “Se o Hamas atacar, vamos responder com mais força ainda. E se eles não entendem hoje, amanhã eles vão entender; e se não for amanhã, será depois de amanhã”. Frase de quem enfrenta o terror de verdade, diga-se, não (só) um bando de sósias dos terroristas.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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