Geraldo Alckmin é a oposição a favor do PT?
A coluna Painel, da Folha, confirmou mais uma vez as minhas teses sobre o que quer cada um no PSDB. Como as notícias parecem repetidas nesta segunda, reproduzo e comento as notas: “A convenção do PSDB [veja o vídeo especial no post anterior] evidenciou que, apesar de comungarem da avaliação de que a permanência de […]
A coluna Painel, da Folha, confirmou mais uma vez as minhas teses sobre o que quer cada um no PSDB. Como as notícias parecem repetidas nesta segunda, reproduzo e comento as notas:
“A convenção do PSDB [veja o vídeo especial no post anterior] evidenciou que, apesar de comungarem da avaliação de que a permanência de Dilma Rousseff caminha para se tornar insustentável, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra divergem sobre o caminho que o partido deve seguir. Enquanto o senador mineiro e seu grupo defendem que a melhor alternativa seria a cassação da presidente e de seu vice, Michel Temer, pela Justiça Eleitoral, os paulistas preferem a saída em que o peemedebista assuma o Planalto.”
Foi o que este blog antecipou (aqui, aqui e aqui), sem precisar entrevistar ninguém (apenas conhecendo a bunda-molice tucana).
“Apesar do tom duríssimo adotado por Alckmin em seu discurso, o governador considera, segundo aliados, que a hipótese de cassação da presidente pelo TSE cheira a golpismo.”
Para sabotar a via que daria o governo a Aécio, Alckmin, pelo visto, é capaz de repetir até a acusação petista (e patética) de “golpe”.
“Além disso, uma nova eleição, na qual Aécio largaria na frente pelo recall de 2014, não agrada ao governador, virtual pré-candidato da sigla em 2018.”
O slogan do PSDB é “oposição a favor do Brasil”, pois, como se sabe, o partido fica ao lado do PT se julgar que o Brasil sai ganhando.
Alckmin, que também ficou do lado petista contra a redução da maioridade penal, é um ótimo exemplo disso: da velha oposição tucana a favor do PT.
“O tom da fala de Alckmin, com críticas ‘estruturais’ ao PT, foi traduzido por aliados como um movimento para se posicionar como ator nacional, com uma visão além de São Paulo.”
Uau, estou certo de que o povo brasileiro entendeu a sutileza.
É mesmo fabuloso o marketing tucano.
“O discurso de Serra em defesa do parlamentarismo foi lido por tucanos como um sinal de que o senador já acredita em um governo Temer e pensa em ser um ministro forte da nova coalizão.”
De acordo com os jornais, José Serra vem se aproximando tanto do PMDB que membros do partido cogitam até lançá-lo candidato ao Planalto.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve ser mesmo odiado por esses alucinados peemedebistas.
“Do senador tucano Cássio Cunha Lima ao explicar por que acha que Dilma não resiste à crise: ‘Já são 18 delatores a acusar o PT. Se 18 cardeais fizerem delação, até o papa cai’.”
Pelo menos um tucano tinha mesmo de ser mais incisivo.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.