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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Chororôs contra Lava Jato e Trump disputam maior vexame

Bancada da Chupeta se expandiu em Brasília, na imprensa e nos Estados Unidos

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h17 - Publicado em 22 nov 2016, 19h16
Deltan Trump

Deltan Dallagnol e Donald Trump: só este blog para uni-los no mesmo post

De volta ao computador após alguns compromissos, passo a limpo a cobertura nacional e internacional em tuitadas e notas.

Brasil

– Advogados de Lula assumiram Bancada da Chupeta. Na hora do aperto, pedem questão de ordem para avacalhar oitiva. Mas Moro não é Lewandowski.

– Resumo: Sérgio Cabral chora na cadeia. Garotinho se livrou com stent. Lula tenta com mimimi. Parlamentares, com anistia sem votação nominal.

– Permanência de Geddel no governo, após pressão para Calero liberar obras de seu interesse particular, é mais um sinal do rabo-preso de Temer.

Quiz: Geddel fica porque 1) poderia entregar todo mundo; 2) precisa do foro privilegiado; 3) Temer precisa de apoio no Congresso; 4) todas as respostas.

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– Cabral chora, Geddel chora, Clarissa Garotinho chora… Essa gente me mata de emoção.

– “Conselheiro dos Direitos Humanos é preso por ligação com facção criminosa” é a manchete mais didática sobre o que se tornou DH no Brasil.

– Luiz Carlos dos Santos, o “Romero” real, recebeu R$ 130 mil do PCC em mesadas de 5 mil e plantava falsas denúncias de abuso da Polícia. É a regra do jogo.

– Arrastão no São Conrado Fashion Mall na manhã desta terça é mais uma amostra do estado de insegurança do Rio de Janeiro.

– A relojoaria internacional Rolex e a joalheria Guerreiro foram assaltadas. Ambas ficam no primeiro piso do Fashion Mall.

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– “Ser contra Lava Jato é fazer o jogo da direita” é manchete de universo paralelo. Chamar PMDB e PSDB de direita é repetir propaganda do PT.

– Não sei se José Padilha chamou PMDB e PSDB de direita ou se referiu aos não direitistas à direita do PT, mas Folha forçou um título bizarro.

– Entrevistado fala de bandidos de vários partidos independentemente de ideologia, mas Folha destaca uma suposta direita contra a Lava Jato. Pura esquerdice.

– Direita é tão demonizada no Brasil que é posta na mídia como sendo contra Lava Jato sem que se mostre 1 (hum!) autodeclarado direitista contra ela.

– Sinceridade sobre experiências pessoais diretas e talento artístico para narrar alheias não imunizam ninguém contra equívocos intelectuais.

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– Equívocos intelectuais nascem muitas vezes da não abertura a informações e estudos para além da bolha dos pares, mesmo quando se é crítico deles.

– Há imensa diferença moral entre gente sincera equivocada e gente insincera que mente e demoniza intencionalmente. Este blog as trata de modo distinto.

– Quando a petulância dos equivocados aumenta, porém, é sinal de que já estão merecendo ser tratados como gente insincera, avessa à verdade.

– Perguntas da Folha para Padilha traziam premissas da propaganda petista: Moro “controverso”, “espetacularização” da Lava Jato etc. Essas, ele desfez bem.

– Onyx Lorenzoni (DEM-RS) faz ajustes no texto das 10 medidas contra a corrupção, sem incluir anistias, na tentativa de desmontar golpe para derrubá-las.

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– Fernando Francischini (SD-PR) denunciou “manobra espúria” de seu partido de excluí-lo da comissão e disse que votaria sim. É o golpe em curso.

– Fausto Pinato (PP-SP) acusou Deltan Dallagnol de instigar o povo contra parlamentares nas redes sociais. Contra os que querem obstruir a Lava Jato, claro.

– Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Eduardo Cunha e líder das manobras para enterrar 10 medidas, também está incomodado com a pressão. Força, Deltan.

– Paulo Teixeira (PT-SP), aliado de Lula, dirigiu-se a Deltan Dallagnol com mais uma intimidação: “esta Casa não permitirá o emparedamento”. Só o pânico.

– É hilário como petistas que acusavam o impeachment de ser um meio do PMDB para melar a Lava Jato estão unidos a peemedebistas para melar a Lava Jato.

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Marun Teixeira

Marun e Teixeira

– Deltan: “Queremos acreditar que o Congresso ouvirá o lado certo.” Queremos acreditar que o lado certo vencerá a busca de anistia disfarçada de debate.

EUA/Brasil

– Um “já fez declarações antissemitas, racistas”, outro já fez “declarações islamofóbicas”… Globonews demoniza equipe de Trump, sem informar.

– É bizarro como jornalistas repetem rótulos gerados pela propaganda de esquerda como se estivessem informando que “hoje é segunda-feira”.

– Titular da revista New Yorker, fonte favorita de correspondentes brasileiros, solta bravatas e rótulos contra Trump. “Normal”.

New Yorker rotula

* POTUS = President Of The United States (Presidente dos Estados Unidos)

– Mark Lilla publicou artigo no New York Times sobre “o fim do esquerdismo de identidade”. Ignorando as esquerdices do texto, destaco os pontos relevantes:

“Nos últimos anos, o esquerdismo americano entrou numa espécie de pânico moral sobre a identidade racial, de gênero e sexual, que distorceu a mensagem do esquerdismo e impediu que ela se tornasse uma força unificadora capaz de governar.”

Hillary Clinton “investiu na retórica da diversidade, conclamando explicitamente os eleitores afro-americanos, latinos, L.G.B.T. e mulheres em cada ato de campanha. Este foi um erro estratégico. Se você vai mencionar grupos na América, é melhor mencionar todos eles. Se você não fizer isso, aqueles deixados de fora vão notar e se sentir excluídos. O que, como mostram os dados, foi exatamente o que aconteceu com a classe trabalhadora branca e aqueles com fortes convicções religiosas. Dois terços dos eleitores brancos sem diplomas universitários votaram em Donald Trump, assim como mais de 80% dos evangélicos brancos.”

Isto que o jornal que mais torceu para Hillary publicou 12 dias após a vitória de Trump, vocês leram neste blog antes da eleição.

Relembro um trecho do meu artigo sobre o grupo citado:

Esses eleitores tampouco se enquadram nas principais categorias humanas tratadas pelo Partido Democrata (ou pelo PT) como de vítimas da sociedade que precisam do dinheiro dos impostos alheios por meio do Estado inchado para vencer na vida, como negros, mulheres, gays, muçulmanos e imigrantes latinos.

Ao contrário, esses eleitores com frequência são tachados como os próprios opressores racistas, misóginos, homofóbicos, islamofóbicos e xenófobos – ou ‘brancos raivosos’, como nos e-mails de Podesta e nas palavras de Michael Moore; ou mais resumidamente ‘deploráveis’, como disse Hillary em público – que ameaçam os grupos alvejados pela esquerda americana em sua propaganda de vitimização.”

Volto ao New York Times:

“Mas a fixação na diversidade em nossas escolas e na imprensa produziu uma geração de esquerdistas e progressistas narcisisticamente inconscientes das condições existentes fora de seus grupos autodefinidos, e indiferentes à tarefa de alcançar americanos de todos os tipos. Em uma idade muito precoce, nossos filhos estão sendo incentivados a falar sobre suas identidades individuais, mesmo antes de tê-las. Quando chegam à faculdade, muitos assumem que o discurso da diversidade esgota o discurso político e têm escandalosamente pouco a dizer sobre questões tão perenes como classe, guerra, a economia e o bem comum.

Em grande parte, isto se deve aos currículos de história da escola secundária, que anacronicamente projetam a política de identidade de hoje de volta ao passado, criando uma imagem distorcida das principais forças e indivíduos que moldaram nosso país. (As conquistas dos movimentos de direitos das mulheres, por exemplo, foram reais e importantes, mas você não pode compreendê-las se você não entender primeiro a conquista dos pais fundadores no estabelecimento de um sistema de governo baseado na garantia de direitos).”

Relembro outro trecho do meu artigo anterior à eleição:

“Esses eleitores não frequentaram nenhuma das universidades americanas que, de acordo com uma pesquisa nacional de 2007 feita por dois acadêmicos esquerdistas, Neil Gross e Solon Simmons, tinham 9 professores de esquerda nas ciências sociais e humanas para cada professor conservador; e, em campos como antropologia e sociologia, 30 para cada um.

Esses eleitores não fazem a leitura dos fatos com as mesmas predisposições e preconceitos que jornalistas formados por esses professores e/ou parceiros e informantes diretos da campanha de Hillary, como aqueles mencionados nos e-mails do marqueteiro da candidata, John Podesta, vazados pelo WikiLeaks.”

Felizmente, a maioria silenciosa falou mais alto nas urnas.

Feliz ou infelizmente, a esquerda continua passando vexame em vez de se reinventar.

Felipe Moura Brasilhttps://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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