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Antes de virar “porta-voz da quadrilha”, Leonardo Attuch denunciava vínculo do PT com narcotráfico

Justiça bloqueou R$ 120 mil do blogueiro petista no esquema do Planejamento

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 22h21 - Publicado em 5 jul 2016, 20h29
BRASIL 171 - Attuch: o blogueiro, que já teve a prisão solicitada pelo Ministério Público, recebeu 120.000 reais em propina

BRASIL 171 – Attuch: o blogueiro, que já teve a prisão solicitada pelo Ministério Público, mas segue solto, recebeu 120.000 reais em propina

As manchetes da imprensa sobre a decretação pela Justiça Federal em São Paulo do bloqueio de R$ 102 milhões dos investigados da Operação Custo Brasil destacaram como alvos da decisão o PT, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento/governo Lula) e o ex-tesoureiro do partido Paulo Ferreira.

A lista dos 17 alvos, no entanto, inclui a Editora 247, responsável pelo site petista Brasil 247, que eu apelidei anos atrás de Brasil 171, e seu editor Leonardo Attuch, acusado de ter recebido R$ 120 mil de Milton Pascowitch por determinação de outro ex-tesoureiro do PT atualmente preso João Vaccari Neto.

Diante do bloqueio desses R$ 120 mil roubados de servidores e aposentados endividados no esquema de corrupção do Ministério do Planejamento dos governos de Lula e Dilma Rousseff junto à empresa Consist, este blog lembra que nem sempre Attuch foi o “porta-voz da quadrilha“, como VEJA o definiu.

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Antes de se deixar cooptar como o “suposto jornalista” (nas palavras do juiz Sergio Moro) a serviço do PT, o então repórter da revista IstoÉ chegou mesmo a denunciar, em março de 2008, o vínculo do partido com os narcotraficantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“Em 1996, a empreiteira Andrade Gutierrez construía uma grande hidrelétrica nos Andes quando dois de seus engenheiros, Eduardo Batista e Demétrio Duarte, foram seqüestrados pelas Farc (…). A empresa acionou o Itamaraty, tudo foi tentado pelas vias diplomáticas, mas os dois brasileiros continuaram em poder dos guerrilheiros durante 207 dias. Só saíram do cativeiro depois que um novo ator entrou em cena: o Partido dos Trabalhadores. Por meio de ‘negociadores’ indicados pelo PT, a Andrade Gutierrez pagou um resgate milionário, o dinheiro foi transportado em malas para a selva amazônica e os engenheiros regressaram ao Brasil.”

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O caso fora relatado a Attuch por um diretor da Andrade Gutierrez, empresa que, mais tarde, abasteceria os cofres petistas com propinas de Petrobras e Belo Monte.

“Do relato do caso, ficaram algumas dúvidas: o dinheiro ficou todo com os guerrilheiros ou foi repartido com o PT? O partido negociava o resgate por razões somente humanitárias ou também comerciais? São perguntas que dificilmente serão respondidas”, avaliava o então repórter, mencionando uma revelação de VEJA:

“Anos mais tarde, na campanha presidencial de 2002, um dossiê secreto da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, insinuou a existência de uma doação de R$ 5 milhões das Farc para as campanhas eleitorais do PT – o caso jamais foi confirmado, mas a suspeita pairou no ar.”

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Tanto pairou que eu me lembrei dela nesta semana mesmo, diante da notícia análoga de que a campanha eleitoral de 2007 da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, aliada do PT, serviu para lavar dinheiro do tráfico de drogas da Venezuela, segundo Ibar Pérez Corradi, preso no Paraguai sob acusação de assassinatos.

Corradi disse que o dinheiro do tráfico era enviado pelo ditador Hugo Chávez – aquele mesmo que confessou ter conhecido um dos comandantes das Farc, Raúl Reyes, em encontro do Foro de São Paulo em meados da década de 90 em El Salvador.

Embora o PT negue até hoje, Attuch apontava até que as Farc eram parceiras do PT no Foro.

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“De todo modo, a hipótese de ligação entre o PT e a guerrilha também foi reforçada pelo fato de que os dois grupos são fundadores do Foro de São Paulo, uma organização criada em 1990 para unir as esquerdas latino-americanas, cujo maior ideólogo é Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Lula para temas internacionais.”

O grifo nem é meu. É da própria matéria original.

Três anos depois, em 2011, Attuch criava o Brasil 247, cujos patrocínios em verbas publicitárias de estatais controladas pelo PT foram crescendo até chegar ao montante milionário que Dilma Rousseff tentou lhe garantir para 2016 às vésperas do impeachment, mas o governo Michel Temer felizmente cortou: R$ 2.192.687,13.

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O repórter que desconfiava da “missão humanitária” do PT na selva passou a receber uma senhora “ajuda humanitária” dos governos do PT.

Agora que a boquinha acabou, ele ainda poderá continuar como “porta-voz da quadrilha” na cadeia, assinando pedidos de novos vasos sanitários.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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