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“Politização” é mascarar golpes para evitar queda de Dilma Rousseff. Cúmplices: TCU, TSE, PMDB, oposição e jornais

O noticiário desta sexta-feira mostra a podridão do Brasil naquilo que conta e naquilo que omite. TCU, TSE, PMDB, oposição e portais de notícias parecem unidos na tentativa de aliviar a barra de Dilma Rousseff para evitar a sua queda. Os portais dos principais jornais do país ignoram a reunião clandestina de Dilma com o presidente do […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h58 - Publicado em 10 jul 2015, 17h00

129_2111-dilmamasO noticiário desta sexta-feira mostra a podridão do Brasil naquilo que conta e naquilo que omite.

TCU, TSE, PMDB, oposição e portais de notícias parecem unidos na tentativa de aliviar a barra de Dilma Rousseff para evitar a sua queda.

Os portais dos principais jornais do país ignoram a reunião clandestina de Dilma com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, em Portugal, para melar a Operação Lava Jato, o julgamento das pedaladas fiscais no TCU (o advogado administrativo de Dilma, Luís Inácio Adams, já disse que poderá recorrer ao Supremo em caso de derrota do governo) e o impeachment.

A oposição – até 3 horas da tarde – não se pronunciou a respeito, em mais uma prova de cumplicidade, seja ela movida por lassidão, indiferença, lerdeza, ideologia, medo do STF ou alívio com o golpe que a exime de assumir o país.

Seis dos nove ministros do TCU – Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro, Benjamin Zymler, José Múcio, Bruno Dantas e Vital do Rêgo – se reuniram na quarta-feira para combinar a estratégia de defesa de Dilma, segundo O Globo, “preocupados com a politização do julgamento, diante da possibilidade de verem a decisão ser usada para embasar um pedido de impeachment da presidente”. Nenhum deles se pronunciou sobre a “politização” da Justiça na reunião clandestina na cidade do Porto. Nenhum vai admitir que “politização” é mascarar golpes para evitar a queda de Dilma Rousseff.

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Monica Bergamo, em mais uma coluna de vitimização do PT, reproduziu as “palavras de um magistrado considerado crítico ao governo”, para quem uma decisão “tão drástica” como a cassação de Dilma no TSE, “tomada por um colegiado de apenas sete juízes”, poderia ser encarada como um “golpe paraguaio”. Sobre o “golpe paraguaio” cometido por Dilma e Lewandowski em Portugal, duvido que a coluna fale amanhã, a não ser que traga mais um magistrado anônimo (ou José Eduardo Cardozo, tanto faz) para minimizá-lo, acusando a oposição de teorias conspiratórias.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse na quinta-feira que “o PMDB, a cada dia que passa, está mais distante do PT e nós esperamos que fique a cada hora mais distante e, de preferência, não volte mais a estar junto com o PT”, mas a revista Época, embora informe que peemedebistas extraordinariamente “hesitam em assumir cargos no enfraquecido governo de Dilma”, sentencia também que o PMDB vai deixar a petista sangrando até 2018.

Em outras palavras: pelos mais variados motivos, PMDB, oposição, jornais e certos ministros do TCU e do TSE se unem, na prática, para deixar Dilma impune, enquanto o Brasil fica sangrando por mais três anos.

O país apodrece avermelhado.

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16 de agosto

Nem de seus cúmplices

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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