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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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O impacto da educação no salário e na produtividade

No Brasil, o aumento da escolaridade registrado nas últimas décadas não tem sido acompanhado do aumento da produtividade. Onde está o problema?

Por João Batista Oliveira Atualizado em 26 set 2019, 17h24 - Publicado em 26 set 2019, 17h17

Neste post, quinto da série sobre o Estudo “Para desatar os nós da educação? Uma nova agenda, analisamos o impacto da educação sobre salários e produtividade.

Na sociedade moderna, educação tem duas funções: promover o desenvolvimento dos indivíduos e formar pessoas produtivas, que constituem o estoque de capital humano de uma sociedade.

Associar o valor dos salários ao nível de escolaridade é uma das formas de avaliar como os empregadores valorizam o impacto da educação: quem tem mais escolaridade ganha mais. Portanto, maior escolaridade está associada, de alguma forma, a maior produtividade.

Esta tabela mostra a relação entre maior escolaridade e maiores salários. Vale a pena observar quatro importantes mensagens. Primeiro, concluir um nível de escolaridade está associado a um diferencial expressivo de salário. Segundo, ficar no meio do caminho, como no caso dos que não começam e não concluem o ensino fundamental, médio ou superior, traz penalidades – parece que o mercado de trabalho premia a persistência. Terceiro, o mercado de trabalho pune muito fortemente quem começa, mas não conclui o ensino médio – esse grupo ganha menos do que se tivesse parado de estudar ao final do ensino fundamental. Quarto, quem não conclui o ensino superior não é punido, mas ganha menos da metade de quem conclui. Se essas pessoas acumulam dívidas durante esses anos, seu retorno financeiro, no final, pode ser negativo.

Os dados sugerem que há uma falta de informação dos indivíduos a respeito dos riscos de suas decisões. E comprova que nossa política de ensino médio é inadequada para a população.

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Os dados analisados até aqui permitem observar que o mercado de trabalho premia a escolaridade dos indivíduos – supostamente, maior escolaridade está associada com maior produtividade, pois gera melhores salários. Se isso é verdade para os indivíduos, não seria também verdade para a sociedade, ou seja, uma sociedade mais escolaridade deveria ser mais produtiva?

Esta figura sugere que a relação entre escolaridade e produtividade é mais complexa: só o aumento de escolaridade não leva uma economia a obter maior produtividade. As razões são complexas. Este é um tema muito estudado na economia. Diversos economistas já ganharam o Prêmio Nobel estudando-o, mas ainda sabemos pouco sobre o mesmo.

Tudo indica que faz bem a uma sociedade – e não apenas à economia – ter uma população altamente escolarizada. Mas, possivelmente, outros fatores – como o conteúdo, a qualidade e os processos educacionais – tenham igual ou maior impacto do que a simples contagem de anos de estudo ou, menos ainda, a simples posse de um diploma.

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