Tentativa e erro
Trocas constantes mostram que Bolsonaro não teve e continua sem ter plano de voo
Eleito sem programa específico, ancorado em sentimentos de revolta e meia dúzia de ideias retrógradas, Jair Bolsonaro não tem plano de voo para governar. Não teve na campanha, não tem como presidente e, pelo ritmo frenético das trocas de pessoal, das idas e vindas nas propostas de hoje que não valem para amanhã e do voluntarismo inconsistente de preocupações irrelevantes, continuará assim, sem rumo.
Muito bem, o presidente reconhece erros como fez agora explicitamente em relação à formatação de seu esquema (?) de articulação política. Mas, segue sem explicar qual o conceito que emprega nas trocas e de que forma pretende transformar os erros passados em acertos futuros.
Bolsonaro acaba de virar a estrutura que montou no Palácio do Planalto de cabeça para baixo sem, contudo, demonstrar como e porque a nova arrumação será mantida em pé. A isso dá-se o nome de desgoverno levado na base de muitas tentativas e repetidos erros.