A muito bem vinda preocupação com as notícias falsas é coisa nova, mas a difusão de mentiras no ambiente político é prática mais velha que a Sé de Braga. Para não irmos longe, a prezada leitora e o caro leitor já pararam para pensar, por exemplo, no que teria sido da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, se submetida às lentes de aumento postas hoje em dia sobre as chamadas fake news?

A ofensiva do marketing da petista sobre os adversários, em especial no caso de Marina Silva, foi, sob a ótica atual, um ato criminoso. Amplamente divulgado e contestado à época, mas sem o peso que teria agora. Para refletir: ainda assim, Dilma foi reeleita. Por um triz, mas foi. Em boa medida devido às mentiras.

Justiça seja feita, a campanha da ex-presidente extrapolou, mas não inaugurou o uso da injúria de que o próprio PT foi alvo várias vezes. Os senhores e senhoras marqueteiros precisarão ficar mais atentos aos respectivos roteiros se não quiserem que seus candidatos sejam vítimas desse tipo de tiroteio nos pés.