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Hora do vamos ver

Depois do treino claudicante, o governo enfrenta o jogo para valer

Por Dora Kramer Atualizado em 8 fev 2019, 07h00 - Publicado em 8 fev 2019, 07h00

Não demorou dois dias para o governo experimentar um aperitivo de fel produzido no Congresso: o deputado escolhido para liderar a tropa governista na Câmara tentou mas não conseguiu reunir os liderados porque eles simplesmente não lhe reconheceram a liderança. Donde deram de ombros à escolha feita no Palácio do Planalto, num gesto tão significativo quanto inédito em se tratando de governo ainda cheirando a leite das urnas.

Os deputados mataram na nascente a ideia do gênio palaciano que resolveu nomear um novato (Major Vitor Hugo) para a tarefa de articulador na Câmara, provavelmente achando que, assim, manejaria as coisas diretamente de seu gabinete do outro lado da Praça dos Três Poderes, e quem sabe criar entraves ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, eleito a despeito dos esforços do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O episódio é uma pequena demonstração de que a realidade certamente se imporá muito mais dura do que imaginavam os novos locatários do poder. Deu errado privilegiar a inexperiência na Câmara; veremos o que acontecerá no Senado agora presidido pelo estreante Davi Alcolumbre. O conceito de “novo” não é garantia de nada, para o bem ou para o mal. Impedir que Renan Calheiros fosse presidente outra vez foi uma medida saneadora, mas não resolve as coisas nem para a necessária revitalização do Congresso nem para o andamento dos indispensáveis trabalhos governamentais.

O comportamento dos senadores nas duas sessões para a eleição do presidente não recomenda. E não falo das manobras, dos insultos e excessos que tais, já devida e amplamente condenados. Aponto para a importância que um bom número de estreantes dá ao papel das redes no exercício do mandato. Isso dificulta, quando não impede, o trâmite de qualquer matéria que não tenha a chancela da popularidade fácil.

Como fazer andar uma reforma da Previdência nesse tipo de ambiente é a dúvida que fica de imediato para ser dirimida adiante, na hipótese de o governo conseguir se organizar minimamente se não quiser perecer de velhice precoce, vítima da novidade que em alguns casos (neste, por exemplo) se traduz em inconsistência, ineficácia e, no limite, paralisia administrativa por ausência de cancha na política.

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Olho no lance

Nasce e cresce em São Paulo sob o patrocínio do governador João Doria movimento para a formação de um novo partido resultante da fusão do DEM com o PSDB. A ideia seria absorver também o PSD e o PP, para construir uma plataforma de lançamento da candidatura de Doria à Presidência em 2022.

O secretariado composto de ex-ministros, gente oriunda do governo Michel Temer e com posição expressiva nos respectivos partidos em diversos estados, teria sido a primeira parte do plano. A etapa seguinte seria reunir forças no Congresso para aprovar o fim da reeleição.

A fragilidade atual do PSDB, em São Paulo e no âmbito nacional, favorece a movimentação do governador, que não encontraria resistência consistente no partido.

Publicado em VEJA de 13 de fevereiro de 2019, edição nº 2621

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