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Guerra de mitos

O duelo Bolsonaro x Lula vai tomar conta da cena política que fica ainda mais polarizada

Por Dora Kramer Atualizado em 8 nov 2019, 19h54 - Publicado em 8 nov 2019, 19h44

Do ponto de vista de ganhos políticos não resta dúvida de que o período na prisão favoreceu o ex-presidente Luiz Inácio da Silva. O clima em torno dele hoje é muito mais benevolente do que era quando foi recolhido às dependências da Polícia Federal em Curitiba, há um ano e meio. Isso devido ao êxito da estratégia de vitimização e das agruras que assolaram figuras proeminentes da Lava Jato o que o fez angariar simpatias. Brasil e mundo afora.

Ainda assim, o real impacto da volta dele ao exercício da política no convívio com a sociedade só poderá ser medido depois de passada a euforia de adoradores, correligionários e afins.

Tudo em relação a Lula tem um quê de exorbitância. Para o bem e para o mal. As expectativas sempre foram maiores que a realidade. As coisas aconteceram com o ex-presidente e o mundo não se acabou, o país seguiu a vida. É preciso ver como será a reação do público em geral no momento obliterada pelas compreensíveis comemorações.

Havia muita especulação sobre o estilo que ele adotaria ao sair da PF, curiosidade parcialmente satisfeita no primeiro discurso feito ainda em Curitiba. Ali se apresentou o Lula aguerrido no sentido de disposição à guerra. Contra quem já deixou patente: Jair Bolsonaro, Sergio Moro e companhia.

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De concreto já se pode dizer que teremos a volta de um ambiente dual em que um bate e outro rebate. Foi assim muito tempo com o PSDB, com a diferença, contudo, que os tucanos eram mansos e não dispunham de nenhuma figura mítica.

No cenário que se avizinha teremos dois contendores vistos como mitos por seus seguidores e, além disso, vocacionados para o atrito. Em tons mais fortes, retornamos ao que a antiga musa já cantou numa dinâmica de política bipolar. Bolsonaro precisa do antipetismo para sobreviver eleitoralmente e, para isso, necessita de que o petismo viva bem alimentado pelo antagonismo representado por Lula.

E, assim, estamos de novo reféns de uma gangorra de caráter passadista, a demonstrar que a política brasileira ainda é um terreno fértil para o atraso.

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