A grosseria machista do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, que chamou de “descontrolada” a senadora Simone Tebet (MDB-MS) quando ela o deixou sem argumentos na CPI da Covid-19, não é um ato isolado. Na verdade, faz parte do manual de estilo do governo Jair Bolsonaro.
A esse guia de condutas aderiram os ministros das Relações Exteriores e da Saúde na passagem da comitiva presidencial por Nova York. O embaixador Carlos França, ao fazer o gesto simbólico de armas para manifestantes, e o médico Marcelo Queiroga, ao lançar a eles um sinal obsceno, surpreenderam por serem vistos (até então) como moderados.
De modo desnecessário e gratuito, mostraram que dão mais importância aos cargos que às respectivas reputações. Em matéria de descontrole não é à senadora Tebet que se aplica o termo.