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Contrato de risco

PT perdeu-se no caminho da aliança por onde envereda Bolsonaro

Por Dora Kramer Atualizado em 5 jun 2020, 13h14 - Publicado em 4 jun 2020, 16h13

Há centrão e centrões. A denominação do conjunto de partidos com os quais o presidente Jair Bolsonaro faz parceria nem sempre foi só pejorativa, assim como nem todos os políticos que participam dele fazem da política um negócio no mau sentido.

O grupo surgiu na Constituinte de 1987/1988 e, se de um lado fez da oração de São Francisco (“é dando que se recebe”) o seu pior, de outro conseguiu mitigar propostas inviáveis num país capitalista. Nos anos seguintes, prevaleceu a má fama em decorrência do destaque assumido pela, digamos, banda podre.

Foi ela quem contribuiu de modo acentuado para a derrocada do PT a partir da concepção do ex-presidente Lula de que seria mais fácil comprar parlamentares do que negociar com o Congresso. É com ela que o presidente Bolsonaro imagina agora segurar processos de impeachment.

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Envereda por um caminho perigoso. Tem entregado cargos importantes na administração federal à indicação de deputados comprovadamente envolvidos em esquemas de corrupção. Por enquanto limita a entrega ao segundo escalão. Logo vai se ver obrigado a elevar a oferta ou não terá a paga esperada.

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Aí mora o perigo de se ver às voltas com o mesmo tipo de escândalo que tanto criticou e abriu caminho para sua eleição em 2018. Esse pessoal não brinca em serviço, conforme demonstrou Roberto Jefferson ao deflagrar o caso mensalão. Tampouco entra em brigas que não lhe são convenientes. Por exemplo, com o Supremo Tribunal Federal e com perdas acentuadas de popularidade.

O governo já precisou cancelar uma nomeação diante da divulgação de que o indicado para o Banco do Nordeste é suspeito de malfeitorias em outro importante cargo que ocupou na Casa da Moeda. Deveria servir de alerta. Ou o presidente acha que os avalistas das indicações em curso, integrantes da referida banda podre, gente investigada, processada, condenada e presa, não estarão por trás das ações de seus afilhados?

Os esquemas do PT foram eleitoralmente úteis para Jair Bolsonaro que, no entanto, deveria levar em conta a possibilidade de que quem com Valdemar da Costa Neto feriu, com Valdemar da Costa Neto venha a ser ferido.

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