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Por Mariana Barros
A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
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Para vencer crise econômica e desemprego, Paris cria centro de inovação. Será o destino do Brasil?

Inovação é uma questão de cultura, e não de tecnologia. A afirmação, que vem de um grupo de empreendedores franceses, tem pavimentado o caminho para Paris reconquistar seu lugar entre as cidades mais criativas do mundo. Por vários séculos, Paris foi sinônimo de vanguarda. Abrigou movimentos artísticos, literários e também tecnológicos. Foi ali que a energia elétrica foi exibida pela primeira, numa exposição […]

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 01h00 - Publicado em 6 jul 2015, 16h31
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Fachada da sede do NUMA, no centro de Paris: oportunidades nascidas da crise

Inovação é uma questão de cultura, e não de tecnologia. A afirmação, que vem de um grupo de empreendedores franceses, tem pavimentado o caminho para Paris reconquistar seu lugar entre as cidades mais criativas do mundo.

Por vários séculos, Paris foi sinônimo de vanguarda. Abrigou movimentos artísticos, literários e também tecnológicos. Foi ali que a energia elétrica foi exibida pela primeira, numa exposição de 1878. E a Torre Eiffell, erguida em 1889 com uma estrutura metálica de 325 metros, permanceu por várias décadas como a construção mais alta do mundo — perdeu o posto para o Chrysler Building, de Nova York, em 1930. Mas, aos poucos, a veia inovadora a cidade foi se perdendo. Nos últimos anos, as efervescentes Berlim, Viena e Londres ofuscaram a capital francesa, não como destino turístico, o que seria impossível, mas como lugares capazes de produzir ideias novas.

A partir de 2008, os parisienses começaram a virar o jogo. Com a grave crise econômica e os altos índices de desemprego, muitos dos trabalhadores perceberam que, para superar a falta de renda e de ocupação, teriam de dar o primeiro passo. Em vez de esperarem a criação de postos de trabalho que nunca vinham, decidiram empreender. Foi o início de uma geração de startups parisienses, lideradas por quem não tinha nada a perder e dependia de se arriscar para sobreviver.

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O grupo deu um novo impulso ao Silicon Sentier, como era chamada uma área no centro de Paris onde estavam baseadas algumas empresas de tecnologia, numa alusão ao Vale do Silício americano. Espaços de coworking da região viraram incubadoras de projetos independentes. Logo, a área foi rebatizada de NUMA, abreviação de uma brincadeira com as palavras numérico, humano e digital. Hoje, o NUMA é um lugar no centro da capital francesa e também um movimento coordenado que opera em três frentes: abriga eventos de interesse dos empreendores, busca formas de acelerar o trabalho das startups e oferece programas de inovação para empresas consolidadas. A cada duas semanas, visitas guiadas apresentam os espaços e o funcionamento do NUMA a novos interessados, basta se inscrever. Em março deste ano, foi inaugurada a NUMA Moscou, a primeira experiência internacional do grupo. O plano é estarem presentes em quinze países até 2019.

O NUMA comprova a força capaz de emergir das cidades nos momentos de crise, quando as soluções tradicionais são postas em xeque. A capacidade dos grandes centros urbanos  de proporcionar encontros e de apresentar uma variada gama de oportunidades é um atalho valioso para atravessar os períodos mais difíceis. No Brasil, onde a economia vai mal e os níveis de desemprego preocupam, o exemplo parisiense serve de inspiração e de esperança. Revela ainda a importância de facilitar e incentivar o empreendedorismo, especialmente quando setores tradicionais da economia apresentam piora de resultados. Há uma nova economia para ser explorada, baseada mais em ideias e serviços, do que em produtos. E os países que estiverem atentos a isso sairão ganhando, mesmo quando o resto estiver contra.

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