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Novas regras da Caixa Econômica puxarão os preços dos imóveis para baixo e os aluguéis para cima

Milhares de brasileiros que pretendiam comprar um imóvel ficarão a ver navios. A Caixa Econômica Federal, responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do país, mudou as regras do jogo. Para os imóveis que valem até 750 mil reais, a entrada mínima de 20% passou para 50%. Ou seja, quem não tiver na mão metade do valor total, não […]

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 01h29 - Publicado em 4 Maio 2015, 13h42

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Milhares de brasileiros que pretendiam comprar um imóvel ficarão a ver navios. A Caixa Econômica Federal, responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do país, mudou as regras do jogo. Para os imóveis que valem até 750 mil reais, a entrada mínima de 20% passou para 50%. Ou seja, quem não tiver na mão metade do valor total, não consegue financiar o restante. Já para os imóveis que valem mais de 750 mil reais, a situação é ainda mais complicada. A entrada passou de 30% para 60% do total. As alterações valem para os imóveis usados.

Mesmo se as regras não tivessem mudado, o setor já enfrentaria problemas. É o que mostra o balanço do primeiro trimestre feito pela Abecip (associação do crédito imobiliário): pela primeira vez desde 2002, houve queda no financiamento imobiliário. E a decisão da Caixa de reduzir o teto só reforça essa tendência para os próximos meses.

Primeiro, porque a debandada da poupança continua. E, como os depósitos em poupança são a principal fonte de recurso para os bancos oferecerem financiamento, o jeito é fechar a torneira e reduzir o volume oferecido (reservas secando a níveis críticos, pessoas obrigadas a diminuir o consumo… poupança tem volume morto?).

De acordo o analista da JP Morgan Marcelo Motta, para continuar emprestando sem poder usar o dinheiro da poupança, a Caixa tem de arcar com um custo mais alto, o que significa aumentar os preços do empréstimo e tirar os incentivos dessa linha. “O empréstimo continuará ficando mais difícil e mais caro, dado o nível de juros e o fato que o estoque de poupança está acabando”, afirma.

Mas as complicações não param por aí.

Segundo o economista e pesquisador Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap, a dificuldade para adquirir um imóvel terá duas consequências. A primeira é mais imediata e menos impactante. Trata-se do aumento da demanda por locação e o consequente aumento do preço dos aluguéis. Acontece que, como a renda da população está em queda, não há margem para esses valores subirem demais — ou não haverá quem pague por eles.

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A segunda consequência é a diminuição do valor de venda dos imóveis. Até 2012, o Brasil aparecia entre os países que tiveram as maiores valorizações imobiliárias. De lá para cá, porém, o cenário mudou. No ano passado, o crescimento foi de apenas 0,9%, enquanto o Reino Unido registrou alta de 9%. E o que teremos neste ano é uma queda real de até 3% nos preços, previsão que já vem se desenhando desde o início deste ano.

Na China, depois de vinte anos de expansão, a desaceleração do mercado imobiliário e da construção civil foram de tal ordem que até o sistema bancário ficou ameaçado. Com uma experiência como essa no horizonte, cabe ao Brasil todo o cuidado e atenção para evitar que o momento atual avance em direção a cenários econômicos ainda mais complicados.

 

Por Mariana Barros
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