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Metrô em aeroporto de Salvador frustra com distância até terminal

Passageiros devem pegar ônibus para chegar até estação; linha de trilhos não serve setor turístico da capital baiana

Por Dagmar Serpa
Atualizado em 17 Maio 2018, 20h19 - Publicado em 17 Maio 2018, 17h27

Pela primeira vez em Salvador, a universitária Aline de Souza, 21 anos, desembarcou na manhã de uma quarta-feira no Aeroporto Internacional da capital baiana decidida a usar o metrô recém-inaugurado para chegar até o seu destino na cidade. Mas não sem sentir a frustração de ter que tomar um ônibus até a estação. “Na minha cidade, Recife, o metrô é no aeroporto e uma passarela faz a interligação. Seria mais eficiente se fosse igual aqui.”

A situação é a mesma de quem chega ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e deseja ir até o centro da cidade usando trilhos. Em Salvador, a estação aberta em 26 de abril não fica perto do terminal aéreo a ponto de ser possível ir de um lugar a outro caminhando. O trajeto até a área de passageiros (2,5 quilômetros na ida; 1,5 quilômetro na volta) é feito em um ônibus que sai a cada dez minutos — a concessionária que administra o serviço promete diminuir esta espera conforme a demanda.

O percurso completo até o outro extremo da linha, na estação Acesso Norte, é feito em menos de 30 minutos. Entretanto, a falta de turistas é um indicativo de que o serviço ainda não empolga quem vai a Salvador a passeio. E assim deve continuar. A linha, cujo trem parte e chega ao aeroporto quase vazio, tampouco serve as regiões mais badaladas da capital baiana.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia, a estação não ficou mais perto do terminal de passageiros por razões que vão da posição das atuais pistas de pouso e decolagem ao plano de expansão do aeroporto passando por restrições ambientais e outras inviabilidades técnicas. 

Na prática, nenhuma consola o passageiro que tiver de enfrentar o incômodo de incluir um meio de transporte a mais levando uma bagagem um pouco maior do que a mala compacta vermelha que Aline desliza até o ponto. “Melhor quando é só sair rodando, sem ter de carregar para embarcar”, resume a estudante.

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Demora

Os soteropolitanos precisaram esperar bastante pelo sistema, inaugurado em 2014 com mais de uma década de atraso. Houve, inclusive, mudança de mãos em 2013, quando a prefeitura repassou a operação metrô para o governo estadual. Para Juan Pedro Moreno Delgado, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ainda há questões pendentes.

“As estações, com algumas exceções, não estão adequadamente inseridas no tecido urbano”. Falta, segundo ele, uma rede de comércio e serviços. “As da linha 2, que corre pela Avenida Paralela, ficam isoladas no meio de uma via de alta velocidade. O acesso é difícil e inseguro para pedestres e ciclistas”, diz sobre a linha que serve o aeroporto. Alguns usuários reclamam que as passarelas de circulação são extensas, cansativas e potencialmente perigosas.

É de fadiga que alguns soteropolitanos reclamaram quando se sentiram obrigados a incluir o metrô (e não raro mais um ônibus) no itinerário de todo dia, depois que a prefeitura cortou linhas. “Com a chegada do metrô, que é hoje uma realidade, Salvador optou por torná-lo seu eixo central”, justifica Fábio Mota, titular da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), informando que o redesenho da cobertura não apenas suprimiu linhas, mas também trouxe novas. 

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