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Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Reynaldo Rocha: Nada pode substituir a força do povo nas ruas

REYNALDO ROCHA O Brasil parece ter a síndrome da bunda de plantão. Não desgruda da cadeira. Essa síndrome acomete todos os que esperam que um dia, sem esforço, seus desejos e necessidades sejam atendidos.

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h47 - Publicado em 28 dez 2015, 20h28

REYNALDO ROCHA

O Brasil parece ter a síndrome da bunda de plantão. Não desgruda da cadeira. Essa síndrome acomete todos os que esperam que um dia, sem esforço, seus desejos e necessidades sejam atendidos.

Estamos todos revoltados com o que vemos. Mas é como se observássemos, indignados, ao estupro que está acontecendo à nossa frente. E nada fazemos para impedir que se consuma.

A oposição espera que o poder lhe caia no colo. E com isso espera que as ruas se mobilizem e façam o que também cabe à oposição. E ela não faz.

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As ruas esperam que a mídia e as oposições sejam a voz delas. E por isso se esvaziam. Esperam sentadas a repercussão do que dizem nas redes sociais. Pregam a revolução sem saber o que colocar no lugar do velho em nome do novo.

Ou seja, a maioria dos “revoltados” está em frente a um teclado. E de lá não sai. E se dá por satisfeita. No passado era comum associar este tipo de “resistência” ao que ficou conhecido como “esquerda festiva”.

Seus integrantes se reuniam em bares do Leblon para pregar a revolução e a queda da ditadura até as duas da manhã. Depois, era hora de dormir.

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No dia seguinte estavam trabalhando cordatamente para manter quem os oprimia. E, nas passeatas, estavam cansados da “luta” travada com os chopes e caipirinhas… Ou nem apareciam.

A IMPRENSA – a que merece este nome – não pode ir além do que vai. Sabemos o que cada um dos veículos de informação é e como se comporta. Além da informação, os espaços de opinião (graças à WEB) são cada vez mais importantes. São decisivos na formação de cenários e discussão de alternativas. Mas não substituem o povo nas ruas nem a oposição formal. Isso seria a negação da democracia e da cidadania.

Forma-se o círculo vicioso. As oposições esperam o povo, que transfere suas expectativas para a imprensa, que repercute a realidade. Como quebrar esta cadeia de resultado zero? Esta é a questão. Se as oposições estão se acostumando a perder para elas mesmas, o Brasil decente (mas preguiçoso) tende a imitar o modelo.

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Cansaço? Suspeita de que não vale a pena exigir direitos? Descrença na mudança? Se for assim, que não venha o impeachment. Como diz um amigo meu, o povo parece merecer a Dilma que tem…

Uma manifestação não é somente um número a ser auditado pelo Datafolha ou pela Polícia Militar. É a expressão de que há um povo!

Voltamos a discutir a saída para a crise que nos mata lentamente – como a esquerda festiva nos ensinou – nos bares e encontros de amigos?

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Tenho certeza quem nem 1% dos “manifestantes das redes sociais” estiveram nas ruas exigindo o impeachment de Dilma na última manifestação.

A imprensa somente retratou o que era verdade. E, se for esta a verdade, de que vale perder meu tempo nos teclados e nas ruas?

As oposições tiveram mais uma desculpa para nada fazer: as ruas estavam vazias.

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A primeira ação para correção de um erro é admitir o erro. Como Dilma nos prova – pelo oposto – todos os dias. Não podemos ser mais do mesmo. Erramos. Estamos errando. E o resultado é desastroso: ter Dilma até 2018. Um país destruído. Um futuro roubado. A sensação que perdemos a possibilidade histórica de alterar algo neste país.

Não sou herói nem louco de pedra. Mas já saí de um hospital para ir a uma manifestação com o compromisso de voltar em duas horas (que viraram quatro…) O argumento que usei foi verdadeiro: de que adianta estar vivo se é para viver num país que me mata aos poucos?

A oposição tem uma imensa parcela de responsabilidade. Da imprensa é cobrado o que ela não pode – nem deve – dar. As ruas é que decidirão este jogo, mesmo que nos pênaltis. E as ruas somos NÓS.

Precisamos de jogadores, não de plateia. Queremos zagueiros e atacantes, não espectadores.Ou não vale a pena entrar em campo.

PS: De nada adianta concordar com estas ideias se na próxima manifestação a maioria esmagadora preferir acompanhá-la pela televisão. E torcendo para que tenha força. Para que esta força se manifeste, talvez falte alguém…

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