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O besteirol do candidato ao Supremo é mais indecifrável que o dilmês

À primeira vista, o parágrafo abaixo transcrito parece pinçado da mais sofisticada antologia do dilmês erudito. Depois de um segunda leitura, bate a suspeita de que se trata de uma obra redigida por Marilena Chauí, filósofa de manicômio, e retocada por Tarso Genro, o Príncipe dos Poetas Onanistas. Meia dúzia de releituras permitem concluir que […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 01h36 - Publicado em 16 abr 2015, 18h16

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À primeira vista, o parágrafo abaixo transcrito parece pinçado da mais sofisticada antologia do dilmês erudito. Depois de um segunda leitura, bate a suspeita de que se trata de uma obra redigida por Marilena Chauí, filósofa de manicômio, e retocada por Tarso Genro, o Príncipe dos Poetas Onanistas. Meia dúzia de releituras permitem concluir que acaba de ser apresentado ao país um novo espanto linguíastico: o fachinês.

Tão indecifrável quanto o dilmês, o subdialeto inventado pelo advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente para a vaga aberta por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, lembra, na forma, um rascunho da bíblia que nem Deus entendeu e, no conteúdo, o jeitão de mais um Ruy Barbosa em compota.  Confira:

“Partindo-se de uma análise crítica que arrosta a primeira modernidade – entendida como o legado eurocêntrico de um sistema patriarcal, codificado e arrimado em um Estado-Nação – a segunda modernidade – identificada em uma sociedade econômica regulada por leis próprias, na qual os direitos fundamentais deixaram o campo do debate da efetividade para consubstanciar um hiperconsumo das ideias destacadas da cidadania e da democracia –, buscar-se-á investigar como a complexidade do real e a mácula do aparente convivem sob uma Constituição dirigente, que proclama a emancipação do indivíduo e funda uma ordem pautada em princípios democraticamente erigidos. Com isso, pretende-se demonstrar que entre os significados da equidade, democracia e direitos humanos entroniza-se a compra e venda que tudo transforma em mercadoria, fazendo-se premente a construção de um novo direito,pautado em novos códigos e novos discursos,estruturados em uma principiologia axiológica de índole constitucional.” (FACHIN, Luiz Edson. Entre duas modernidades: a constituição da persona e o mercado. Revista de Direito Brasileira, v. 1, p. 101-110, 2011).

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Na sabatina a que será submetido no Senado, Fachin não escapará da reprovação caso um parlamentar oposicionista se anime a desmontar a farsa com dois disparos letais. O primeiro seria a leitura em voz alta desse besteirol de rábula de hospício. Ninguém vai entender nada ─ nem Fachin, como se verá se for convidado a traduzir para língua de gente o falatório em fachinês. O segundo consistiria na exibição do vídeo em que o candidato a ministro capricha na discurseira de cabo eleitoral do PT. Todo mundo entenderia tudo. Principalmente Fachin.

O Supremo vai sendo progressivamente degradado pela politicagem. Mas ainda não ficou estabelecido que a estrelinha vermelha no peito agora foi virou enfeite de toga. Tribunal não rima com PT. Quem julga não confraterniza com julgados. Juiz não se subordina a réu. Quem tem de defender a Justiça não pode louvar um bando fora da lei.

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