Antes da retomada da série de textos inéditos, o colunista contracena com Jânio Quadros em dois episódios assombrosos
Do Baú de Presidentes já saíram a noite em que Jânio Quadros apareceu para jantar em Taquaritinga, a tarde no Guarujá em que bebi com Jânio, uma noite das arábias com João Figueiredo, a topada com Tancredo Neves num cemitério no Rio, um jantar com Tancredo em Belo Horizonte, o passeio de José Sarney numa […]
Do Baú de Presidentes já saíram a noite em que Jânio Quadros apareceu para jantar em Taquaritinga, a tarde no Guarujá em que bebi com Jânio, uma noite das arábias com João Figueiredo, a topada com Tancredo Neves num cemitério no Rio, um jantar com Tancredo em Belo Horizonte, o passeio de José Sarney numa limusine branca em Nova York, um café da manhã no Palácio da Alvorada em companhia do dono do Maranhão, uma turbulenta entrevista com Aureliano Chaves em Minas e, como brinde, uma troca de pontapés verbais com Paes de Andrade, fundador da República de Mombaça.
Ainda faltam Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Encerrada a fase doméstica, entrará em cena o elenco internacional que inclui os chilenos Eduardo Frei e Augusto Pinochet, os argentinos Raúl Alfonsín e Roberto Viola, o boliviano Hugo Banzer e — como poderia ficar fora? — o cubano Fidel Castro. Antes de retomar a série, que será reunida em livro, preciso de três semanas para consultar anotações, conferir datas, conversar com gente que testemunhou alguma das ocorrências. Só depois disso a sequência de textos inéditos poderá recomeçar.
Até o fim deste agosto, o espaço será preenchido pela republicação dos quatro campeões de audiência que inauguraram a seção. A série começa com o relato da noite em que Jânio irrompeu na casa dos meus pais para jantar antes do comício. E prossegue com a narrativa, divida em três capítulos, da tremenda bebedeira em que tentei nocautear o campeão. Milhares de leitores da coluna não leram essas histórias. Garanto que vão gostar de conhecê-las.