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A lição do Ministério Público à presidente que nem sabe direito o que é multa e rebatizou a Samarco com nome de santo

“Então, em termos de multa, a multa preli…preli… preliminar que nós estamos dando monta a duzentos e cinquenta milhões de reais”, começa o naufrágio de Dilma Rousseff no falatório que encerra o vídeo espantoso. “Essa multa preliminar é por dano… dano ao meio ambiente, em especial o comprometimento da bracia hidrográfica…”, aderna o neurônio solitário depois […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h05 - Publicado em 17 nov 2015, 20h52

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“Então, em termos de multa, a multa preli…preli… preliminar que nós estamos dando monta a duzentos e cinquenta milhões de reais”, começa o naufrágio de Dilma Rousseff no falatório que encerra o vídeo espantoso. “Essa multa preliminar é por dano… dano ao meio ambiente, em especial o comprometimento da bracia hidrográfica…”, aderna o neurônio solitário depois de infiltrar um R bêbado na palavra bacia.

A tardia descoberta de que percorre a rota errada consuma o desastre: “É multa por segurança de barragem de rejeito. Multa por interrupção de atividade… Ah, não, tô falano errado, perá lá. Me confundi. A multa… essas… essas são as possibilidades de multa”. A discurseira em Mariana, onde baixou uma semana depois do rompimento das barragens da mineradora Samarco, só serviu para confirmar que o país é presidido por uma nulidade que não sabe o que diz.

O vídeo prova que Dilma não sabe sequer a diferença entre multa, multa preliminar e possibilidade de multa. Nesta segunda-feira, foi dispensada de decifrar tal enigma pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, que fecharam com a Samarco um Termo de Compromisso Preliminar. No texto, a mineradora se compromete a desembolsar imediatamente R$ 1 bilhão ─ para começo de conversa. É possível que essa quantia seja multiplicada por dez.

Dilma Rousseff nunca manteve relações amistosas com o idioma, a lógica e o bom senso. As coisas pioram quando tem de lidar com desastres naturais. As declarações destrambelhadas que despeja depois de sobrevoar a região devastada informam que, enquanto o corpo voltava das nuvens, a cabeça decolou rumo à estratosfera. Foi assim já em janeiro de 2011, quando se surpreendeu com as chuvas que caem invariavelmente nessa época na Região Serrana fluminense. Passados quase cinco anos, assim seria em Mariana.

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“O nosso objetivo maior vai sê recuperá o Rio Doce”, desanda nos segundos iniciais do vídeo. “O Rio Doce é o sinônimo de vida desta região. O Rio Doce é essa bacia fantástica que tem um nome extremamente sugestivo, que é doce, e nós não vamos deixá que ele fique marrom, ou esse marrom alaranjado que ele está hoje, que é o marrom da lama”. Acertou a pronúncia de bacia. O resto é puro besteirol. Ao prometer mudar a cor do rio para que volte a ser doce, a presidente revela que acha possível colorir sabores.

E o que pretende fazer para reduzir as dimensões colossais do drama? Como deter o avanço do mar de lama, socorrer os flagelados, salvar o imenso território em perigo, ou materializar qualquer outra providência que permita acreditar na existência de um governo? “Nós queremos que esteja aqui uma equipe permanente da São Marcos, para garantir não só o atendimento emergencial da cidade, mas também esse mais perene”, afunda espetacularmente a governante mais bisonha da história do Brasil.

No vídeo, Dilma consegue deixar tudo muito claro sem dizer coisa com coisa: quem canoniza a Samarco não tem cabeça sequer para cuidar de um altar de santo. Se ficar mais três anos na Presidência, vai transformar o Brasil num imenso Rio Doce depois do tsunami de lama, rejeitos, negligência, inépcia, cinismo e canalhice. É hora de mandar Dilma para casa. Ou rezar para São Marcos.

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