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Novo relatório do IPCC afirma que aumento do nível do mar é inevitável

Os seis pontos cruciais do relatório divulgado nesta segunda (20)

Por Ernesto Neves Atualizado em 20 mar 2023, 10h43 - Publicado em 20 mar 2023, 09h01

Os aumento do nível do mar será uma consequência “inevitável” do aquecimento global, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas.

Conhecido como Relatório Síntese, o documento oferece a mais abrangente avaliação das mudanças climáticas feitas por estudiosos.

Segundo um dos principais trechos do documento, há “alta confiança” de que os níveis do mar “permanecerão elevados por milhares de anos”.

Isso vai acontecer, afirmam os cientistas, mesmo que o mundo reduza as emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, três poluentes responsáveis pelo aquecimento global.

O relatório síntese divulgado nesta segunda resume quase 10.000 páginas de estudo. Ele descreve as descobertas em três seções, que analisaram a ciência das mudanças climáticas, seus impactos e maneiras de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

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“Este relatório é um chamado para que os esforços sejam acelerados em todos os países e todos os setores da economia. Nosso mundo precisa de ação em todas as frentes. Tudo, em todos os lugares, de uma só vez”, afirmou António Guterres, Secretário-Geral da ONU

Guterres enfatiza que o mundo está se aproximando de níveis irreversíveis de aquecimento, com efeitos catastróficos.

De acordo com o IPCC, o clima extremo causado pelo caos climático vem provocando aumento de mortes por intensificar ondas de calor em todas as regiões do mundo.

Também diz que as alteraçõs do clima são responsáveis por “perdas irreversíveis” em ecossistemas vitais.

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Mais de 3 bilhões de pessoas já vivem em áreas que são “altamente vulneráveis” ao colapso climático, segundo o IPCC , e metade da população global agora experimenta escassez grave de água por pelo menos parte do ano.

Em muitas áreas, o relatório alerta, estamos atingindo o limite ao qual podemos nos adaptar às mudanças.

O agravemento da situação, ressalta, vem produzindo milhares de refugiados climáticos anualmente. “Extremos climáticos estão deslocando pessoas na África, Ásia, América do Norte, Central do Sul, e no Pacífico”.

Ainda que o tom seja de alarme, o IPCC ressalta que ainda há tempo de se manter o aquecimento atmosférico 1,5 ° C com relação ao nível pré-Revolução Industrial. Esse é o limite acertado durante o Acordo de Paris, em 2015, e considerado seguro por cientistas.

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Segundo Hoesung Lee, presidente do IPCC “o relatório mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos”.

Hoje, as temperaturas estão cerca de 1,1 °C acima dos níveis pré-industriais.

Iniciado em 2015, o painel de cientistas já divulgou seis ciclos de avaliações sobre o aquecimento atmósferico causado pelo homem. 

Participam desta última versão do documento quase 300 cientistas de  67 países.

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Os seis pontos cruciais do relatório do IPCC

– O aquecimento global é inequivocamente causado pelas emissões de gases de efeito estufa geradas pela atividade humana.

– Para evitar o pior, o mundo deve cortar as emissões de gases de efeito estufa em 60% abaixo dos níveis de 2019 até 2035.

– Mudanças “generalizadas e rápidas” nos ecossistemas do globo já são realidade e seus impactos colocam em risco a população de todo o planeta. Mais de 3 bilhões de pessoas são altamente vulneráveis às mudanças climáticas.

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– A adaptação climática avançou, mas não o suficiente. Os níveis atuais de financiamento são insuficientes. E a piora do efeito estufa vai dificultar a adaptação.

– Embora as políticas para mitigar as mudanças climáticas estejam em expansão, é provável que o mundo exceda 1,5 ° C de aquecimento “no curto prazo”, a menos que as emissões atinjam seu pico antes de 2025 e caiam rapidamente.

– Os riscos relacionados ao clima estão aumentando a cada piora nas previsões de aquecimento. E somente cortes de emissões “profundos, rápidos e sustentados” podem evitar cenários sombrios. Algumas mudanças, climáticas, porém, já são irreversíveis.

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