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De Norte a Sul: queimadas na Amazônia e no Pampa lideram ranking do ano

Área total é menor do que a registrada em 2021, mas os dois biomas tiveram aumento de queimadas em comparação com o período anterior

Por Da Redação 18 ago 2022, 14h10

Nesta quinta-feira (18), o MapBiomas, iniciativa de monitoramento das transformações do uso da terra que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, lançou a nova versão da plataforma Monitor do Fogo. Dados iniciais mostraram que 2.932.972 hectares foram consumidos por queimadas nos primeiros sete meses do ano. A área é maior do que o estado de Alagoas e é 2% menor do que a que foi consumida pelo fogo no ano passado.

Porém, as regiões da Amazônia e do Pampa chamam atenção: eles são os únicos biomas com aumento na área afetada pelo fogo. Na Amazônia, o fogo atingiu uma área de 1.479.739 hectares, enquanto no Pampa foram 28.610 hectares queimados entre janeiro e julho de 2022. Nesse período, foi registrado um aumento de 7% (ou mais de 107 mil hectares) na Amazônia e de 3372% no Pampa (27.780 hectares). 

A versão atualizada da plataforma usará imagens do satélite europeu Sentinel 2, que tem duas importantes características para esse tipo de mapeamento: ele passa a cada cinco dias sobre o mesmo ponto, aumentando a possibilidade de observação de queimadas e incêndios florestais; além disso, tem resolução espacial de 10 metros. Isso acrescenta cerca de 20% a mais na área queimada em relação aos dados do MapBiomas Fogo coleção 1, que traz o histórico de fogo anualmente desde 1985. O Sentinel 2 também permite que a partir de agora os dados sejam divulgados mensalmente. 

Os dados dos sete primeiros meses de 2022 mostram que três em cada quatro hectares queimados foram de vegetação nativa, sendo a maioria em campos naturais. Um quinto de tudo que foi queimado no período foi em florestas. Metade das cicatrizes deixadas pelo fogo localizam-se no bioma Amazônia, onde 16% da área queimada corresponderam a incêndios florestais, ou seja, áreas de floresta que não deveriam queimar. 

No Cerrado, a área queimada entre janeiro e julho de 2022 (1.250.373 hectares) foi 9% menor que no mesmo período do ano passado, porém 5% acima do registrado em 2019 e 39% maior que em 2020. O mesmo padrão foi identificado na Mata Atlântica, onde houve uma queda de 16% em relação a 2021 (ou 14.281 hectares), porém um crescimento de 11% em relação a 2019 e 8% na comparação com 2020. O Pantanal, por sua vez, apresentou a menor área queimada nos últimos quatro anos (75.999 hectares), com 19% de redução de 2022 para 2021 em relação a área queimada de janeiro a julho 

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