Depois das altas temperaturas dos últimos dias, cinco graus acima do habitual para a época, uma frente fria entrou no país e trouxe chuva para o Sul. Os ventos e água deram um refresco para os gaúchos, que chegaram a conviver com uma atmosfera seca com 40°C, mas junto veio muita poluição também. O Rio Grande do Sul foi atingido pela chuva preta, que carrega a fuligem, proveniente das fumaça das queimadas que tomaram vários locais do país. Depois que a água cai e seca, as partículas escuras ficam sobre as superfícies. Na terça-feira, 10, atingiu Pelotas, Arroio Grande e Rio Grande. No Uruguai, o fenômeno também foi registrado em Cerro Largo e Rocha. Nesta quarta-feira, teve mais chuva, inclusiva em Porto Alegre. Nas redes sociais, os moradores compartilharam fotos com piscinas e baldes cheio de água com fuligem.
A concentração de PM (material particulado) na atmosfera da capital gaúcha é 12,8 vezes o valor recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de acordo com as diretrizes de qualidade de ar. O site suíço IQAir, de medição, classificou de insalubres a condições de Caxias do Sul, Montenegro, Guaíba, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Viamão, Cachoeirinha e Canoas.
Nos próximos dias a chuva preta deve se deslocar para o centro do país, passando pelo Sudeste e Centro-Oeste. Assim, há grandes possibilidades, segundo meteorologistas da chuva contaminada cair sobre as cidades dessas regiões. A frente fria baixa as temperaturas, mas não fura o bloqueio atmosférico, que provocou as altas temperaturas dos últimos dias. A partir de .domingo, as temperaturas em São Paulo, por exemplo, a temperatura cai para 27°C e até terça-feira chega a 24°C. Mas depois volta a esquentar.