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Avalanche em lua de Saturno faz gelo percorrer até 80 quilômetros

Sonda espacial Cassini registrou fenômeno que pode ajudar cientistas a compreender como funciona um tipo raro de deslizamento

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h29 - Publicado em 30 jul 2012, 21h35

A sonda americana Cassini registrou trinta avalanches de gelo em Iapetus, a terceira maior lua de Saturno. Os eventos foram iniciados por grandes meteoritos e dão pistas sobre o funcionamento de deslizamentos na Terra. O trabalho foi publicado no periódico Nature Geoscience.

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IAPETUS

Iapetus é a terceira maior lua de Saturno e a 11ª do Sistema Solar. Tem pouco menos da metade do tamanho da Lua terrestre, mas é pouco densa: é 50 vezes mais leve. Foi descoberta pelo astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini em 1671. É famosa pelas diferentes tonalidades de seus hemisférios, um deles bem mais claro que o outro. Em 2007, a sonda batizada em homenagem ao astrônomo revelou uma outra característica marcante: uma cadeia de montanhas no equador que percorre metade da superfície do astro.

Iapetus tem um ambiente perfeito para avalanches. Há crateras e penhascos de até 19 quilômetros de profundidade (mais de duas vezes a altura do Monte Everest, o maior do mundo). Em quantidade de deslizamentos, Iapetus só perde para Marte.

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Ao analisar as imagens das avalanches, os cientistas da Universidade Washington, em St. Louis (EUA), perceberam que os detritos de gelo viajavam distâncias surpreendentemente longas: até 80 quilômetros, o equivalente a 30 vezes a altura da queda.

Aquecimento relâmpago – Na maior parte dos deslizamentos na Terra, os detritos percorrem uma distância apenas duas vezes maior que a altura de onde caíram. Contudo, há um tipo pouco compreendido de avalanche que os leva a distâncias maiores, como em Iapetus. Esse fenômeno é um mistério para os cientistas. Isso porque o atrito deveria limitar o avanço das rochas ou gelo.

Os pesquisadores supõem que um fenômeno chamado “aquecimento relâmpago” possa explicar este tipo incomum de avalanche. Segundo esta hipótese, a fricção provocada pelo deslizamento aqueceria o gelo, tornando-o escorregadio o suficiente para permitir que pedras e detritos avancem distâncias maiores.

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